Básico do implante das mamas
• Os implantes de mama são sacos pequenos formados por uma concha de elastômero com uma válvula para enchimento auto-seladora na frente ou atrás. Os implantes de mamas são preenchidos com silicone em gel ou com uma solução salina estéril (água salgada).
• Os implantes das mamas possuem uma variedade de formas e tamanhos. O tamanho dos implantes das mamas é medido em centímetros cúbicos (ccs) e eles aumentam o tamanho das mamas de uma mulher aproximadamente o volume de uma xícara a cada
• Geralmente, os implantes apresentam três tamanhos, e o tamanho que é utilizado depende do resultado desejado pela paciente e do tamanho da mama que sua estrutura física suporta. Escolher um implante de mamas muito grande pode causar complicações cirúrgicas ou tornar o implante visível através da pele após a cirurgia.
FORMAS DE IMPLANTE:
• O tamanho não é a única coisa a ser considerada quando se fala sobre implantes. Para obter os resultados mais seguros e naturais, os implantes das mamas são feitos com uma variedade de características
• Os implantes redondos são o tipo mais comum. Muitas mulheres escolhem os implantes redondos porque eles tendem a fornecer uma grande quantidade de sustentação, preenchimento e definição. Algumas mulheres, entretanto, acham o implante redondo muito falso e optam por alternativas de aparência mais naturais.
• Os implantes arredondados possuem mais a forma de uma gota (lágrima) para imitar a forma anatômica das mamas. Os implantes arredondados foram originalmente desenvolvidos para a reconstrução das mamas, mas se tornaram muito populares na cirurgia de aumento nas mulheres que desejam uma forma mais natural. A escolha do implante mais adequado deve ser descutida com o médico e as variáveis a serem consideradas são:
• a quantidade de tecido com a qual o cirurgião deve trabalhar
• a anatomia do paciente
• onde o cirurgião colocará o implante na mama
COLOCAÇÃO DO IMPLANTE:
• Um dos fatores mais importantes no sucesso do implante de mama é a sua colocação adequada. Existem três locais onde o implante pode ser colocado para aumentar o tamanho das mamas de uma mulher:
• subglandular
• subpeitoral
• submuscular
• Subglandular: esta colocação insere o implante diretamente atrás da glândula mamária e na frente do músculo. Esta colocação necessita da cirurgia menos complicada e possui a melhor recuperação. As mulheres atléticas podem optar por esta colocação porque evita que o flexionar dos músculos do peito interfira com a colocação ou integridade do implante.
• Subpeitoral: esta colocação envolve a colocação do implante embaixo do músculo peitoral maior. Por causa da estrutura deste músculo, o implante só é coberto parcialmente. Esta alternativa reduz o risco de contratura capsular e curvatura visível do implante, mas o tempo de recuperação deste posicionamento é maior e mais doloroso porque o médico tem que manipular o músculo durante a cirurgia. Também por causa do aumento do inchaço, o implante pode demorar mais para ficar na posição natural após a cirurgia.
• Submuscular: esta colocação põe o implante firmemente atrás da parede do músculo peitoral. O implante é colocado atrás do músculo peitoral maior e atrás da fáscia de suporte (tecido conectivo) e grupos de músculos não peitorais. Os implantes submusculares tendem a ser melhor para as mamografias, uma vez que se coloca o implante completamente atrás da área que necessita ser examinada. Esta colocação possui o mesmo contra que a colocação subpeitoral com um tempo de recuperação ainda mais longo.
INCISÕES:
• Incisão periareolar
• A incisão periareolar, ou incisão na auréola, é uma das incisões mais comumente utilizadas na cirurgia de aumento de mama. A incisão na auréola permite a colocação subglandular, subpeitoral ou submuscular do implante. O implante pode ser inserido e removido pela incisão da auréola no caso de complicações. A incisão é realizada onde a pele mais escura da auréola encontra a pele mais clara da mama. Isto permite que a cicatriz se misture com a mudança natural da pigmentação da pele. O implante é enrolado em uma capa de proteção antes de ser inserido. A capa evita que o implante entre em contato com bactérias no seio lactífero, que poderia causar contaminação por germes após a cirurgia. Após a colocação, a capa é retirada.
• Uma das maiores vantagens deste tipo de incisão é que o cirurgião trabalha perto da mama, permitindo a colocação precisa do implante.
• Incisão na prega inframamária
• A dobra inframamária é outra incisão muito comum utilizada para o aumento da mama. Da mesma forma que a incisão da auréola, esta incisão permite que três tipos de colocação e a inserção e remoção do implante. A incisão é feita na dobra embaixo da mama, permitindo uma cicatriz discreta. Uma vez que a incisão é realizada, o implante é inserido e manuseado verticalmente no local. Ele passa pelos ductos do leite, de maneira que a capa protetora não é necessária.
• Incisão transaxilar
• As pacientes que desejam uma cirurgia sem cicatriz na mama geralmente optam pela incisão mais difícil, que é a transaxilar. Esta incisão é realizada na axila e deixa uma pequena cicatriz que é virtualmente impossível de ver. O procedimento transaxilar pode ser realizado com ou sem a ajuda de um endoscópio (um tubo com uma pequena câmera cirúrgica na extremidade). O corte é realizado na dobra da axila e cria-se um túnel dentro da mama. O implante é inserido no túnel e manuseado no local.
• A incisão transaxilar apresenta um grande desafio para os cirurgiões, porque trabalhar longe da mama torna a colocação de implante mais difícil.
• Como as incisões da auréola e da prega, a incisão da axila pode ser usada para a colocação do implante em qualquer local na mama. A principal desvantagem da incisão transaxilar é que se, ocorrer uma complicação que necessite a revisão ou remoção, a possibilidade do cirurgião ter de fazer uma incisão na auréola ou na prega para trabalhar com o implante é grande. É muito raro que os cirurgiões consigam reutilizar a incisão transaxilar - é muito difícil trabalhar em um implante tão longe da mama.
• RISCOS: O primeiro e o mais importante é a infecção.
• Flacidez
Este é o efeito criado quando o implante fica muito embaixo e a auréola fica muito alta. Isto cria uma aparência não natural que é o resultado de criar um espaço muito grande para o implante. Também pode ser causado pelo peso do implante na mulher de pele fina. Isto pode ser corrigido com cirurgia.
• Contratura capsular
Contratura capsular não é um risco ou complicação no sentido tradicional: isto vai acontecer definitivamente em um determinado grau. A quantidade de contratura é o problema. A contratura capsular faz com que o implante seja espremido pelo tecido de cicatrização fibroso que se forma ao redor dele. O resultado pode ser um endurecimento dolorido das mamas.
• Hematoma
• Este é um risco cirúrgico comum que é causado pelo sangue coagulado embaixo da pele. Pode criar inchaço arroxeadoo, possivelmente doloroso. Isto pode ser corrigido com cirurgia ou drenagem.
• Interferência com a mamografia
A solução salina ou o silicone nos implantes de mama podem alterar a mamografia e deixar de mostrar um câncer de mama ou uma lesão pré-cancerosa.
• Necrose
Necrose ou "morte do tecido" é uma complicação rara e grave. O tecido morto pode se acumular ao redor do implante e impedir a resolução do processo.
• Ruptura
Mesmo que as mulheres com os implantes de mama possam realizar uma série de atividades sem medo, elas devem saber que seus implantes não são indestrutíveis .
• Seroma
• Seroma é um acúmulo de líquido ao redor do implante. Este pequeno problema é resolvido com a drenagem dos líquidos com uma agulha.
Tumores Benignos:
• • Hamartoma: é uma proliferação benigna de tecido fibroso, glandular e gorduroso. Seu aspecto mamográfico típico é de um nódulo redondo ou ovóide, bem circunscrito com densidade de tecidos moles e gordura, envolvido por uma fina pseudocápsula. Ecograficamente aparece como um nódulo heterogêneo, hipoecóico e/ou hiperecóico, ovóide ou como tecido glandular normal.
A ecogenicidade do hamartoma será determinada pela quantidade de tecido predominante, se houver mais tecido gorduroso, o mesmo será mais hipoecóico, mais tecido fibroglandular, determinará hiperecogenicidade.
• • Lipoma: geralmente assintomático e unilateral. Pode manifestar-se como nódulo palpável móvel. Seu padrão mamográfico é de um nódulo hipodenso, apresentando uma cápsula de tecido fibroso. À ecografia apresenta-se como nódulo bem delimitado hipoecóico (mamas densas) ou hiperecóico quando se localiza superficialmente no tecido adiposo subcutâneo .
• DOENÇA DE MONDOR:descrita em 1959 por Henri Mondor, é uma tromboflebite de veia mamária, originando um cordão fibroso, às vezes em forma de contas de rosário, podendo ser assintomática ou causar dor. Em nossa casuística observamos 4/100000 (casos/mamografias). O padrão mamográfico é de uma estrutura tubular densa, que à ecografia mostra-se superficial e hipoecóica .
• Fibroadenoma Atípico: a mamografia da mama direita mostrou em QSE, um grupo de microcalcificações compactas, heterogêneas e irregulares, suspeitas e classificada como BI-RADS 4. Foi realizada biópsia destas microcalcificações cujo resultado foi de fibroadenoma calcificado .
• Ectasia Ductal :a ductografia percutânea mostrou a presença de ductos dilatados, com defeito de enchimento que à ecografia corresponde a estruturas tubulares anecóicas com ecos internos com material viscoso à punção.
• • Sindrome de Poland: descrito em 1841, como ausência do músculo peitoral. Atinge uma em cada
• Tumor Filóide: é um tumor raro (0,3%) de origem fibroepitelial, comumente manifestado por nódulo de crescimento rápido em mulheres de
• NÓDULOS: É o achado mamográfico encontrado em 39% dos casos de câncer não palpáveis. Os nódulos
devem ser analisados de acordo com o tamanho, contorno, limites e densidade.
• Tamanho - no caso das lesões não palpáveis este parâmetro é de importância relativa, pois os nódulos diagnosticados apenas pela mamografia, apresentam pequenas dimensões.
Contorno - os nódulos podem apresentar contorno regular, lobulado, irregular e espiculado. A suspeita de malignidade aumenta em função da ordem citada acima.
• Limites - os limites representam a relação do nódulo com as estruturas vizinhas; portanto, limites mal definidos são mais sugestivos para malignidade do que limites parcialmente definidos e
limites definidos
Densidade - os nódulos malignos geralmente apresentam densidade elevada, às vezes densidade
intermediária e raramente baixa densidade.
• MICROCALCIFICAÇÕES: Achado mamográfico encontrado em 42% dos casos de câncer em lesões não palpáveis,podem representar o sinal mais precoce de malignidade. A análise deve incluir tamanho, número,forma, densidade e distribuição.
• Tamanho - microcalcificações, por definição, são estruturas com tamanho igual ou menor que
de benignidade.
• Número - quanto maior o número de microcalcificações por centímetro cúbico, maior a suspeita para malignidade. Não esquecer que na radiografia considera-se
• Forma - quanto maior a variedade de formas (puntiformes, lineares, ramificadas), maior o grau de suspeição para malignidade.
• Densidade - as microcalcificações tipicamente malignas apresentam densidade alta e importante variação de densidade dentro das partículas e entre as partículas. Portanto, densidade baixa e pouca ou nenhuma variação de densidade entre as partículas, sugere benignidade.
• Distribuição - as microcalcificações suspeitas de malignidade são em geral unilaterais, podem
estar agrupadas num pequeno setor mamário ou dispostas em trajeto ductal.
TIPO MICROCALCIFICAÇÕES - MORFOLOGIA % de malignidade
• TIPO I :anulares, redondas, discóides, com centro lucente todas são benignas
• TIPO II :redondas, isodensas, uniformes 22 % são malignas
• TIPO III: puntiformes, tipo “poeira”, difícil identificação 40 % são malignas
• TIPO IV:irregulares, poliédricas, tipo “grão de sal” 66 % são malignas
• TIPO V :vermiculares, ramificadas, em forma de letras todas são malignas
Características que devem ser descritas nos nódulos:
• Densidade – só citar se a lesão for densa ou lucente.
• Localização – quadrantes (ver item 3.3.6), mama direita, mama esquerda.
• Medida em mm
• Contorno – regular, irregular, espiculado.
• Limites – definidos, parcialmente definidos, mal definidos.
Descrever as características da microcalcificações:
• Forma – monomórficas, pleomórficas, com pleomorfismo incipiente.
• Densidade – só citar se forem isodensas.
• Distribuição – agrupadas, trajeto ductal, segmento da mama.
• Localização – quadrantes (ver item 3.3.6), mama direita, mama esquerda.
• Ampliação – citar caso tenha sido realizada.
Recomenda-se a seguinte padronização para densidade assimétrica.
• Tipo – densidade assimétrica difusa, densidade assimétrica focal.
• Localização – quadrante
ADENOSE ESCLEROSANTE: Na adenose há aumento do volume dos lóbulos mamários por aumento numérico dos ácinos. Isto pode acompanhar-se ou não por fibrose intralobular.
• CISTOS SIMPLES X CISTOS COMPLEXOS: Simples: sempre benignos, contornos regulares, limites definidos, e apresenta somente liquido em seu interior.
• Complexos: considerados malignos, onde apresenta espessura da capsula, e massa sólida em seu interior.
• O QUE É UM NÓDULO ISOECÓICO: nódulo sólido com amplitude de ecos igual ao do parênquima mamário , ou seja a cor desse nódulo é igual a cor do parênquima mamário.
• O que é um nódulo hiperecóico?
• nódulo sólido com amplitude de ecos maior que o parênquima mamário normal, ou seja a cor deste nódulo se apresenta mais escura em relação ao parênquima.
• O que é um nódulo hipoecóico?
nódulo sólido com amplitude de ecos menor do que o parênquima mamário normal.
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