terça-feira, 24 de junho de 2008

BIOQUÍMICA CLÍNICA - 2º Bimestres (Parte I)

REFEIÇÃO: após as refeições é secretada a insulina para diminuir a glicemia.

GLICEMIA:

..................................JEJUM: No jejum curto ocorre a glicogenólise hepática e no jejum prolongado ocorre a gliconeogênese. Os hormônios que atuam nesse caso são: ADR, Glucagon e cortisol.


DIABETES MELLITUS:

Distúrbio no metabolismo de carboidratos, proteínas e lipídeos decorrente de falhas na produção, secreção e ação da insulin a.

Tipo I: Caracteriza-se pela ausência total de insulina. Não se nasce com isso, desenvolve-se ao longo da vida. Ocorre a destruição das células beta pancreáticas, sendo que é uma destruição auto-imune (anticorpo antidescarbocilase do ácido glutâmico), geralmente, isso é desencadeado por uma infecção viral, mas deve haver o estímulo para começar a produzir esse anticorpo. 90% dos casos ocorre assim e 10% é idiopático (não sabe a causa devido a ausência do anticorpo mutante).
Indivíduos com DM-I são magros, infanto-juvenil, produzem corpos cetônicos pelo fígado em alta quantidade devido a hipoglicemia.

  • LADA: é uma tipo I que confunde-se com a tipo II quando aparece em adultos.

Tipo II: Há três causas-> baixa produção de insulina; baixa secreção de insulina; baixa ação periférica no tecido (resistência a insulina).

Indivíduos com DM-II são, geralmente, adultos acima de 40 anos e obesos. Raramente apresenta corpos cetônicos.

  • MODY: é uma tipo II que confunde-se com a I quando aparece em jovens.

Diabetes gestacional: hiperglicemia comum diagnosticada durante a gestação, mas é reversível após a gestação.

Pré-gestacional: quando a paciente já é diabética e o quadro se complica durante a gestação.

Doença do pâncreas exógeno: Pancreatite.
A parte exógena do pâncreas produz as enzimas proteases, amilases e lípases. Essas enzimas têm papel na digestão de alimentos e devem chegar até o intestino através do canal de Wursing. Quando esse canal não funciona as proteases não migram para o intestino e, desse modo, começam a digerir o próprio pâncreas, inclusive as células beta, o que vai causar a baixa produção de insulina. Se a pancreatite for curada o quadro do indivíduo volta ao normal.

Síndrome metabólica: Se o indivíduo apresentar um quadro contendo HIPERGLICEMIA e mais dois dos sintomas abaixo, então ele tem síndrome metabólica.
Sintomas: IMC acima de 30, albuminúria acima de 30mg/dia, hipertensão arterial, hipertrigliceridemia acima de 150mg/dl, hipolopoproteinemia (HDL abaixo de 35 no homem ou abaixo de 39 mulher). Fármaco para síndrome metabólica: Rimonabant.


Sinais agudos de diabetes:

Poliúria (quando o nível glicemico ultrapassa 180mg/dl o paciente perde glicose na urina e passa a ir mais ao banheiro);

Polidipsia (bebe muita água);

Polifagia (come muito);

Perda de peso.

Na hiperglicemia ocorre glicação de proteínas fazendo com que ela perca sua função, isto irá causar neuropatia, retinopatia, etc.
Há também o efeito osmótico que vai fazer entrar muita água na célula, aumentando a pressão, podendo romper a membrana da célula.

Sintomas: debilidade de visão, parestesia, dificuldade de cicatrização e nefropatia.

Exames laboratoriais: Glicemia aleatória; Glicemia de jejum; TTOG; Hemoglobina glicada; Frutosamina; Peptídeo C; Insulina; AC antidescarboxilase; HOMA A, B e IR; Albuminúria.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

HEMATOLOGIA - 1º Bimestre (Aula 02)

Contagem de leucócitos:
-método não-automatizado: sg diluido com solução que lisa as hemaccias e cora o nucleo dos leucocitos. contagem na camara de neubauer.
-método automatizado: na contagem por impedancia ou eletro-ótica, as hemácias são lisadas antes da contagem.

Contagem por hemocitômetro: verificar contagem eletronica de pacientes com leucopenia ou trombocitopenia profundas, ou amostras de sg com interferencia na contagem de plaquetas. é um metodo de retaguarda.

Corantes SG: cora estrturuas celulares de acordo com a afinidade quimica ácido-básica.
basicos: azul de metileno.
ácidos: eosina.
os corantes policromos são dissolvidos em álcool metílico e combinam fixação com coloração (ex.: giemsa).

Estruruas que se coram com ácidos: acidófilos ou eosinófilos.
estruturas que se coram pelas duas: neutrófilas.
estruturas que se coram com basicos: basófilos (nucleo).

Eosina (cora estrutura básicas): cora hemácias e grânulos dos eosinófilos.
Azul de Metileno (cora estruturas ácidas): cora núcleo de leucócitos, citoplasma de linfócitos e monócitos, grânulos dos basófilos e fracamente os grânulos dos neutrófilos.

leucócitos: papel de defesa, porem cada subtipo leucocitário detém funções bastante específicas e distintas entre si, e em conjunto, entrutturam o SISTEMA IMUNOLOGICO.
- mononucleares: linfocitos, plasmocitos e monocitos (nucleo unico).
- granulocitos: neutrofilos, eosinofilos e basofilos (granulação citoplasmatica).

Neutrofilos: 56% dos leucócitos adultos. polimofonuclear ou granulocito neutrofilico segmentado. 12 micrometros de diametro. nucleo possui de dois a cinco lobos separados por filamentos. citoplasma contem granulos que se coram de castanho a róseo.
Bastonete: 3% dos leucocitos adultos. neutrófilo bastão. possui uma fita de meterial nuclear que conecta os lobos, deixando o núcleo em forma de U.
Desvio para esquerda: quando há um aumento de bastões e neutrofilos menos maduros.
NEUTROFILIA: AIMENTO DA CONTAGEM ABSOLUTA DE NEUTROFILOS.
NEUTROPENIA: DIMINUIÇÃO...

Eosinófilo: 13 micrometros. parecido com os neutrofilos, com a diferença que possui granulos redondos ou ovais com forte afinidade por corantes acidos. 3 a 5% dos leucocios. nucleo com 2, no max 3, segmentos.
EOSINOPENIA: DIMINUIÇÇAO
EUSINOFILIA: AUMENTO.

Basófilo: granulocito basofilo. semelhantes aos neutrofilos, exceto que o nucleo é menos segmentado. apresenta granulos maiores e com afinidade por corantes basicos. 0,5% dos leucócitos.
BASOFILIA: AUMENTO
BASOPENIA: DIMINUIÇÃO.

Monócito: maior célula do sangue (14 a 20 micrometros). nucleo unico parcialmente lobulado e em forma de ferradura. citoplasma abundante com aspecto de vidro esmirilhado, granulos bem finos.

macrófagos: quando um monocito se torna um macrofado fica maior ainda (20 a 40 micrometros). citoplasma irregular nas margens contendo vacuolos fagociticos, que podem conter: eritrócito, detritos, pigmentos e bactérias. presença de macrofagos indica infecção ativa.
monócitos constituem 4% dos leucocitos.
MONOCITOSE: AUMENTO
MONOPENIA: DIMINUIÇÃO.

Linfócitos: são células mononucleadas sem granulos citoplasmáticos específicos. tem ly pequenos e grandes.
pode haver transição: pequeno ->grandes -> blásticas e o inverso.
34% dos leucócitos.
LINFOCITOS PEQUENOS: 6 a 10 micrometros. nucleo definido, densos blocos de cromatina, nucleo ocupa 90% da cél é redondo e pode ser denteado.
LINFOCITOS GRANDES: 12 a 20 micrometros, citoplasma mais abundante, granulação escassa. engloba os linfocitos NK e um subgrupo de lyT maduros.

Ly-T: 65-80% dos linfocitos circulantes e originam-se do precursor na medula ossea que posteriormente migra para o timo se maturando.
CD8: citotoxico.
CD4: auxiliar -> Th1 e Th2 (secretam diferentes citocinas).
Ly-B: 5 a 15% dos linfocitos circulande. se originam do precurso na MO e também se matura la.
possui moleculas de IG inseridas na membrana plasmática e funcionam como receptores para antigenos especificos. nao se distinguem morfologicamente dos B.
Ly-NK: minorias dos linfocitos, também deriva da MO e seu processo de maturação é pouco conhecido. destroi celulas alvo (tumorais ou infectada por virus) sem reconhecer MHC.
Plasmócitos: originados de ly-B. nucleo redondo excentrico com uma zona clara bem definida adjacente ao nucleo. normalmente nao estao presentes no sangue (0 a 0,25%), encontram-se nos linfonodos, MO e baço.

Contagem de plaquetas: discos deslgados com 2 a 4 micrometros. função na hemostase, manutenção da integridade vascular e no processo de coagulação.
contagem manual (camara de neubauer) ou automatizada. é a contagem mais dificil. sofrem aderencia ao vidro ou qualquer corpo estranho. deve ser medido de 1 a 3 horas apos a coleta.

Variação fisiologica nos eritrócitos:
As mudanças nos valores eritrocíticos são maiores durante as primeiras semanas de vida.
Se houver atraso na ligadura do cordão umbilical, as médias dos valores serão maiores.
O sangue capilar (punção cutânea) > sangue venoso (cordão umbilical)
O resultado do sangue venoso é mais consistente.
Ao nascer, o nº de Eritroblastos circulantes é alto. Ao 7º dia já é rara a detecção dos mesmos.
O nº de Reticulócitos ao nascer varia de 3 a 7% nas 48 hs. No 2º dia cai com bastante rapidez para 1 a 3 % até o 7º dia.
As concentrações de Hemoglobina e Hematócrito no sangue capilar por ocasião do nascimento são mais elevados que no sangue venoso (cordão umbilical), durante as primeiras semanas.
postura:  Hb, Ht e eritrócitos em pessoas em pé
atividade muscular:  Hb, Ht e eritrócitos devido perda de água.
variação circadiana: pela manhã Hb,  dia,  noite.
altitude:  Hb, Ht e eritrócitos em locais de alta altitude
Com diferença de 1 g Hb/dL a uma altitude de 2.000 m
2 g Hb/dL a uma altitude de 3.000 m
anóxia:  hematopoese ( eritropoetina) pela anóxia e para fumantes.

Variações fisiológicas nos leucócitos:
Neutrófilos: são o tipo predominante ao nascer. 15% deles são bastões e estão presentes alguns mielócitos.
Linfócitos: após a primeira semana tornam-se o tipo predominante, e permanecem assim até por volta dos 7 anos (quando os neutrófilos voltam a predominar).
Variação circadiana:na contagem de neutrófilos, ocorrem níveis mais baixos pela manhã, no indivíduo de repouso; níveis mais elevados ao entardecer.
Prática de exercícios: produz leucocitose. O aumento da concentração de neutrófilos ocorre em decorrência do desvio das células do pool marginal para o pool circulante de granulócitos.
População negra: concentração de neutrófilos mais baixa.
Fumantes: contagens de leucócitos mais elevadas (até 30%). O fumo altera contagens de neutrófilos, linfócitos e monócitos.
Ciclo menstrual: decréscimo de neutrófilos e monócitos. Aumento de eosinófilos.

Variações fisiológicas nas plaquetas:
A contagem média das plaquetas é ligeiramente mais baixa ao nascer. Depois da primeira semana de vida, os valores igualam-se aos adultos.
Nas mulheres pode diminuir a contagem de plaquetas durante a menstruação.

Velocidade de hemossedimentação:
Princípio: quando o sangue venoso bem misturado é colocado num tubo vertical, os eritrócitos tendem a sedimentar no fundo. O comprimento da queda a contar do topo da coluna de eritrócitos num determinado intervalo é chamado VHS.
A variação normal no homem é de 1-5 mm/h e nas mulheres de 5-15 mm/h. Há aumento progressivo na velhice.
A VHS aumenta em um grande número de doenças inflamatórias sistêmicas e neoplásicas, e na gravidez.

Vários fatores estão envolvidos na VHS:
-Fatores Plasmáticos
-Fatores Eritrocíticos

Fatores Plasmáticos que aumentam a VHS:
-Elevados níveis de fibrinogênio
-Elevados níveis de 2,  e  globulinas. Essas moléculas assimétricas exercem diminuição da carga negativa dos eritrócitos que tende a mantê-los afastados, promovendo a formação de eritrócitos em rouleau, que sedimentam com mais rapidez que as células isoladas.
-Colesterol aumenta a VHS.
Fatores Plasmáticos que diminuem a VHS:
-Albumina e lecitina retardam a sedimentação.
Fatores Plasmáticos que aumentam a VHS:
-Elevados níveis de fibrinogênio
-Elevados níveis de 2,  e  globulinas. Essas moléculas assimétricas exercem diminuição da carga negativa dos eritrócitos que tende a mantê-los afastados, promovendo a formação de eritrócitos em rouleau, que sedimentam com mais rapidez que as células isoladas.
-Colesterol aumenta a VHS.
Fatores Plasmáticos que diminuem a VHS:
-Albumina e lecitina retardam a sedimentação.
Fatores Eritrocíticos que alteram a VHS:
Anemia: aumenta a VHS porque a mudança na relação eritrócito/plasma favorece a formação de eritrócitos em rouleau.
A velocidade de sedimentação é proporcional ao peso do agregado celular, e inversamente proporcional à área da superfície. Os micrócitos sedimentam com maior lentidão que os macrócitos.
As hemácias anormais ou irregular, como as células falciformes, esferócitos, comprometem a formação de rouleau , diminuindo a VHS.

Estágios na Velocidade de Hemossedimentação:
Nos primeiros 10 minutos, ocorre pouca sedimentação, à medida que vão se formando os rouleaux .
Durante cerca de 40 minutos, ocorre sedimentação numa velocidade constante.
Nos últimos 10 minutos a sedimentação diminuiu a medida que as células comprimem no fundo do tubo de ensaio.

HEMATOLOGIA - 1º Bimestre (Aula 01)

HEMATOLOGIA: estuda células do sangue, tecido hematopoietico e da coagulação.
Analisa concentração, estrutura e função das céls do sg, os precursores na medula ossea, os constituintes quimicos no plasma e soro e funções das plaquetas e proteinas envolvidas na coagulaçao.
constituição do sg periferico: globulos vermelhos (eritrócitos ou hemácias), glóbulos brancos ou leucócitos (granulócitos, linfócitos e monócitos0) e plauetas ou trombócitos.

Contagem das Células do Sangue
-Eritrócitos
-Leucócitos (Totais e Diferencial)
-Plaquetas
-Reticulócitos
Exame do Esfregaço Sangüíneo
-Execução do Esfregaço sangüíneo
-Coloração do Esfregaço sangüíneo
-Eritrócitos
-Leucócitos
-Plaquetas

HEMOGRAMA = ERITROGRAMA + LEUCOGRAMA
Eritrograma: contar eritrócitos, dosar Hb, determinar hematócrito e ver índices de hematimétricos.
Leucograma: contar leucócitos totais e diferencial de leucócitos.
Avaliação de plaquetas é através de observação do esfregaço sanguineo.

Glóbulos vermelhos: células anucleadas constituida de membrana plasmatica e citoplasma. A produção de hemacias se chama eritropoese na qual são produzidos diariamente 10¹² novos eritrocitos.
- Hemácias: circulares, biconcavos e de tamanho uniforme. Nos esfregaços vemos apenas as faces achatadas, portanto sua coloração central é mais tênue devido a região biconcava. São a maior população de celulas do sangue.
- Hemoglobina: principal componente do eritrocito (cada eritrócito contem 640 milhoes de moléculas de Hb), é uma proteina conjugada que faz o transporte de O2 e CO2. um adulto possui ~= 600g de Hb capaz de transportas 600ml de O2. Uma hb madura circula no sangue em média por 120 dias.
Molécula de Hb: 4 cadeias globina; 4 cadeias heme (protoporfirina); átomo de ferro; oxigênio.
O hemograma serve para visualizar e interpretar mecanismos alterados.

Contagem de Eritrócitos: determina o numero de hemácias por mm³ de sg através da câmera de neubauer ou pela impedâmcia elétrica (células passam por uma abertura onde flui uma corrente provocando alterações na resistencias que são computados como pulsos de voltagem) ou dispersão de luz (analisadores elétro-óticos - detector fotossensível que mede a dispersão de luz).

Determinação da [] de Hb: método cianeto hemiglobina (HiCN) -> dilui-se o sg em uma solução de ferricianeto de potassio e de cianeto de potassio, onde o ferricianeto oxida as Hb até virar HEMIglobina, e o cianetp fornece íons cianeto apto a formas cianeto de hemiglobina, que tem o maximo de absorção em 540nm.
hematócrito ([] de eritrocito): relação entre volume dos eritrócitos e volume do sangue integral. pode ser medido por centrifugação ou pelo produto do volume corpuscular médio (VCM) e hematimetria.

VMC ou HCM: corresponde ao vol/tamanho das hemácias. é o quociente de um determinado volume de cpelulas (hematócrito) pelo nº de células contidas neste vol (nº hemacias).
VCM = Ht x 10 / nº Hc (em milhoes). referencia: 80 a 94 3, abaixo de 80 MICROCITOSE e acima MACROCITOSE.
HCM ou HGM: peso medio de Hb em cada Hc. é o quociente do valor da dosagem de Hb em determinado vol de sg pelo nº de Hc's contidas neste mesmo vol.
HCM = Hb x 10 / nº Hc (em milhoes). referencia: 27 a 32 pg. acima de 32 MACROCITOSE e abaixo de 27 MICROCITOSE.
CHCM ou CHGM: representa a [] da solução de Hb por Hc.
CHCM = Hb x 10 / Ht. referencia: 32 a 36%. abaixo de 32 HIPOCROMIA e acima de 36 HIPERCROMIA.
RDW: variação da distribuição do tamanho dos eritrócitos - informa quantos eritrocitos variaram em tamanho a partir da média (VCM). refrencia: 10 a 15%

ERITRÓCITOS:
1: cor: a intensidade da cor fornece uma orientação do conteudo de Hb nos eritrocitos, e sao usados nos termos: normocrômio, hipocrômio e hipercrômio.
Anisocromia: presenca de hemacias hipocromicas e normocromicas no mesmo esfregaço.
Policromatofilia ou policromasia: presença de eritrócitos com cor azul-acinzentada, indicando presença de eritrocitos jovens liberados prematuramente.
2: tamanho: MACROCITOS: eritrocitos anormalmente grandes, MICROCITOSE: eritrocitos anormalmente pequenos, ANISOCITOSE: variação anormal no tamanho dos eritrocitos.
3: forma: POIQUILOCITOSE: variação na forma.
-Eliptócito: celulas em forma elíptica, geralmente aparece em anomalia hereditaria, pessoas normais podem até ter mas menos de 10%.
-Esferócitos: eritrocitos esfericos, nao possuem o centro pálido.
-Células-alvo: são eritrócitos mais delgados que o normal (leptócitos), ocorrem em anemia hipocromicas.
-Esquizócitos: fragmentos celulares indicando hemólise. Podem ter forma triangular ou eliptica pequena com denteações. comum em anemia hemolitica.
-Célula falciforme: eritrócitos com forma bem definida de foice e se cora mais intensamente. comum em anemias falciforme.
-Estomatócito: a área biconcava parece uma fenda, comum em um tipo incomum de anemia hemolitica hereditaria.
-Ancatócitos: eritrócitos com finas projeções partindo da superficie. comum em anormalidades com o metabolismo fosfolipidico.
-Equinócitos: possuem espículas distribuidas sobre a superficie dos eritrocitos.
4: estrutura:
-Pontilhado basófilo: presença de granulos basofilicos irregulares no interior de eritrocitos.
-Siderócitos: eritrócitos contendo um ou mais granulos com ferro.
-Corpusculo de Howell-Jolly: restos redondos e regulares da cromatina nuclear. comum em anemia hemolitica e pós-esplenectomia.
-Anéis de cabot: estruturas em forma de anel, forma de 8 ou de alça.
-Pontilhado malárico: granulos delicados que abrigam plasmodium vivax. podem ser tao numerosos que ocultam o parasita.
-Formação de rouleau: empilhamento dos eritrócitos de modo que parecem pilhas de moedas, devido elevação no fibrinogenio ou globulinas no plasma e promove o aumento da velocidade de
hemossedimentação.
-Corpusculo de Heinz: eritrocito contendo hemoglobina precipitada por desnaturação oxidativa.

ERITROBLASTOS: precursores dos eritroblastos maduros, não nucleados e presentes no sg e, mais comuns no sg de fetos e bebês novos. no adulto eles ficam confinados na medula ossea e surgem no sg circulante em doenças que demandam o aumento da hematopoeise.
Contagem de reticulócitos: são eritrocitos anucleados e imaturos que contem RNA e continuam a sintetizar hemoglobina apos a perda do nucleo.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Biologia Molecular - 1º Bimestre (Parte I)

Ácidos nucléicos:

DNA/RNA à polímeros de nucleotídeos. O DNA apresenta ácido desoxirribonucléico no segundo carbono e o RNA apresenta ácido ribonucléico, também no segundo carbono.

Um nucleotídeo é ligado ao outro através de ligações fosfodiéster. Os ácidos nucléicos apresentam-se com 5’------ > 3’, isto quer dizer que a ligação fosfodiéster ocorre entre a hidroxila no carbono 3 de um nucleotídeos e o grupamento fosfato no carbono 5 de outro. Esse ligação é o local de clivagem por uma enzima de restrição.

Bases nitrogenadas:

Purinas à Adenina e Guanina, são as maiores e são cíclicas-duplas.

Pirimidinas à Citosina e Timina (ou Uracila no RNA), são menores e cíclicas-simples.

- O nucleotídeo do RNA tem um oxigênio e um H no carbono 2 e o do Dna tem apenas um H.

- O RNA tem a base uracila e o DNA tem a timina.

- A molécula de RNA é simples e a de DNA é dupla.

- A hidroxila do carbono 3, tanto do RNA quanto no DNA, é o local a partir do qual serão adicionados novos nucleotídeos durante a síntese de rna e dna.

- O DNA tem uma carga total negativa devido o grupamento fosfato na sua extremidade do lado externo, em contato com a água.

- O RNA é mais instável e fácil de degradar do que o DNA, pois, além de ser fita simples, a presença do oxigênio no carbono 2 o torna mais reativo com enzimas degradativas.

TECNOLOGIA DO DNA RECOMBINANTE:

DNA recombinante: pode ser utilizado para construção de transgênicos, preparo de vacinas de DNA, na terapia gênica, na expressão de drogas recombinantes, etc.

Esquema de um DNA recombinante:

ENZIMAS DE RESTRIÇÃO (ER):

São endonucleases que clivam o DNA em locais específicos.

ENDONUCLEASE: clivam o DNA no interior da molécula. Elas podem ou não ser enzimas de restrição, isto é, toda ER é uma endonuclease mas nem toda endonuclease é uma ER.

EXONUCLEASES: clivam o DNA nas extremidades e não são consideradas enzimas de restrição. Exemplo: DNases (enzima que degrada DNA) e RNases (enzima que degrada RNA).

Endonuclease tipo I e III: clivam o Dna em locais não específicos.

Endonuclease tipo II: são as nossas endonucleases de restrição, pois clivam o DNA em seqüências restritas.

· Seqüência de reconhecimento: fragmento palindrômico contendo de 2 à 8 pares de base (1000 pb = 1 kb).

Palíndromo:

Ex: à à à

ARARA

ARARA

ß ß ß

Ex de seqüência palindromica no DNA:

------------------GAATTC-----------------

------------------CTTAAG-----------------

As seqüências especificas que são reconhecidas e clivadas pelas ER são apenas produzidas por bactérias (o DNA da bactérias é protegido contra essa enzima).

As bactérias protegem o seu DNA da clivagem, metilando-o no sítio de clivagem (a ER encontra o grupamento metil e não cliva a bactéria).

As bactérias criam essas ER com o intuito de clivar o DNA de bacteriófagos (vírus que infectam bactérias).

A ligação clivada pelas enzimas de restrição é a fosfodiéster, e isso pode ser revertido através de enzimas ligases.

As ER são dímeros, com isso elas conseguem clivar a duplas fita de DNA ao mesmo tempo.

TERMINAIS OU EXTREMIDADES:

São formados após a clivagem de um DNA.

Terminal protuberante/coeso/ligante: quando clivar a fita assimetricamente.

Terminal cego/abrupto: quando clivar no eixo de simetria.

Ferramentas da TDR:

VETORES DE CLONAGEM E EXPRESSÃO:

Vetor: aquele que transporta um pedaço de DNA de interesse para uma célula hospedeira desse DNA.

Aplicação: introduzir insertos em células vegetais (transgênico), em células humanas (terapia gênica), em células de bactérias ou leveduras (clonagem molecular).

Tipos: Naturais: bacteriófago e plasmídeo.

Artificiais: cosmídeo, Yac’s (cromossomo artificial de levedura), Bac’s (cromo. artif. De bactéria), vetores virais (adenovirus, retrovirus, etc), lipossomos.

Os vetores de expressão possuem as regiões regulatórias que permitem a expressão do gene para sintetizar proteínas. E os vetores de clonagem apenas permitem a clonagem de vários insertos.

Plasmídeo:

- deve ser pequeno (para comportar insertos maiores), e circular;

- deve possuir origem de replicação (ORI) local onde se inicia a replicação do DNA.

- deve possuir uma região contendo vários sítios de clivagem em um único local (Polulinker ou smc – sítio de múltipla clonagem)

- deve possuir o um gene para seleção de bactérias através de cor (LacZ)

- deve possuir pelo menos um gene de resistência à antbiótico (para permitir a seleção de bactérias recombinantes).

EX: no meu meio de cultura vou colocar as bactérias e o antibiótico, as bactérias com o plasmídeo e o gene resistente ao antibiótico vão ficar por lá e se proliferar, as que morrerem é porque não apresenta o gene resistente.

Gene LacZ está presente dentro do polylinker e esse gene codifica a beta-galactosidase (Enzima), essa enzima degrada o X-gal e isso faz com que a bactéria se torne azul.

As bactérias da minha colônia que apresentarem cor azul quer dizer que elas possuem o LacZ e que o inserto não foi inserido devidamente no centro do polylinker e do gene lacZ, isso quer dizer que eu não obtive sucesso com essas bactérias.

As bactérias que ficarem brancas significa que o inserto está no centro do polylinker e do LacZ, inativando o gene LacZ, com isso ele não sintetiza mais a enzima que degradaria o X-gal, ou seja, obtive o resultado esperado com essas bactérias.

AZUL à possui plasmídeo mas não o gene recombinante.

BRANCA à possui o clone recombinante = plasmideo + inserto.

Ao fazer uma reação de ligação, a reação poderá ser comprovada de suas maneiras:

-eletroforese em gel;

-através de reação de “transformação bacteriana”, esta permite selecionar os clones recombinante.

Em solução o DNA recombinante pode assumir diferentes conformações:

SUPERENOVELAMENTO;

RELAXADO;

SUPERRELAXADO.

Malha de agarose: formada por poros irregulares. O DNA superenrolado é mais fácil de se ligar nessa malha.

Se a reação não der certo, então o inserto e o vetor vão aparecer separados na eletroforese.

Transformação bacteriana:

- Introdução do DNA recombinante ou plasmideo reconstituído em uma bactéria.

Essa transformação pode ser por choque térmico ou choque elétrico.

CHOQUE TÉRMICO:

- banho maria a 42ºC por 2 minutos.

- gelo por 2 minutos.

- reação de ligação (adiciona imediatamente meio de cultura e manter a 37ºC sob agitação).

- bactérias competentes à preparadas quimicamente para serem transformadas. Devem ser mantidas a -80ºC.

Após 1 hora de agitação plaqueia-se a cultura em um meio sólido contendo antibiótico e uma substancia que muda de cor (branca para azul), corando as bactérias.

Resultado: Após o crescimento das colônias na placa --> tanto as bactérias azuis qunato as brancas são resistentes ao antibiótico. As brancas serão os meus clones recombinantes, e as azuis serão clones contendo apenas plasmideos.

CHOQUE ELÉTRICO:

O aparelho eletroporador vai emitir uma voltagem sobre a bactéria de 2.800 voltz. Este choque vai induzir a formar poros temporarios na parede celular da bacteria hospedeira. Dessa forma o DNA recombinante pode entrar na bactéroa. Após a adição de meio nutritivo a parede da bactéria se recupera.


Estrutura de vetores cosmidiais:
GENOMA BACTERIÓFAGO --> INTEGRA INSERTO BACTERIOFAGO --> MONTA O CAPSÍDEO NOVAMENTE --> OBTEM PARTICULAS DE BACTERIOFAGOS RECOMBINANTES, OU SEJA, GENOMA + INSERTO --> INFECTA BACTERIAS COM ELE (NÃO PRECISA DE CHOQUE TERMICO NEM ELETRICO).
____________________________________________________________________
Elétroforese: técnica de sepação de macromoléculas utilizando uma matriz.
Matrizes: AGAROSE (polímero natural): visualização de DNA/RNA
Poliacrilamida (polímero sintético): vê DNA/RNA/proteínas
Gel de amidos (natural): puco utilizado
Polímeros sintéticos preenchem capilares na eletroforese capilar. (?)
Celulose: vê aminoácidos.

Os poros do gel de agarose são desordenados, ou seja, posso ter poros maiores e menores. Já os poros de um gel poliacrilamida são todos do mesmo tamanho. Portanto, o gel de agarose serve apenas para ver o tamanho e o de poliacrilamida dá pra ver tamanho e conformação.

"loading" de corrida: é misturado na amostra de RNA/DNA para dar coloração (azul de bromofenol).
brometo de etídeo: corante intercalante de DNA (se intercala entre os aneis planares do DNA).
o brometo de etideo corre em direção contraria do gel, ou seja, para o lado negativo e o DNA migra para o lado positivo.

A MIGRAÇÃO DOS FRAGMENTOS NO GEL É EM ESCALA LOGARÍTIMICA E NÃO ARITIMÉTICA.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

MICROBIOLOGIA - 1º Bimestre

Introdução

* Microbiologia: estudo de bactérias, algas, fungos, vírus e protozoários.

“Teoria da Geração Espontânea” = acreditava-se que organismos surgiam de material sem vida (material estragado, poeira)

“Teoria Germinal das Doenças” = afirma que os microrganismos podem invadir outros organismos e causar doenças.

Postulados de Koch:
* 1. O agente causador específico de uma doença deve ser encontrado em todos os casos da doença
* 2. O organismo causador da doença deve ser isolado em cultura pura
* 3. A inoculação de uma amostra da cultura em um animal saudável e suscetível deve fazer com que esse animal desenvolva a mesma doença
* 4. O organismo causador da doença deve ser recuperado a partir do animal inoculado.
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Fundamentos da Microbiologia: características das células eucariótica e procariótica:

Célula eucariótica: DNA encontra-se num núcleo circundado por um envoltório nuclear. “Núcleo verdadeiro”.
membrana celular com estrutura em mosaico fluído com esteróides, ja a membrana plasmática é constituida de varias organelas envolvidas por membranas. Contem reticulo plasmático, complexo de golgi, lisossomos, peroxissomos, ribossomos e citoesqueleto. suas enzimas respiratórias são as mitocondrias. a parede celular é constituida de celulose, quitina ou ambos e sua divisão celular é por mitose e/ou meiose.

Célula procariótica: DNA em região não circundada por membrana
(nucleóide). “Núcleo primitivo”.
A membrana plasmática é constituida de uma estrutura em mosaico fluido sem esteroides. a
membrana interna soh tem em organismos fotossinteticos. não apresenta nenhuma das Estruturas que estão presentes nos eucariotos e a respirão celular é por meio da membrana celular. a parede celular é constituida de peptidioglicano, para protejer o microorganismo do ambiente. e a divisão celular é binaria. os protozoarios apresentam um ribossomo menor (70s)
é necessário saber as diferenças entre os dois por isso é a base para a ação de agentes antimicrobianos.

Diferenças entre os procariontes:
- morfologia: tamanho, forma e características tintoriais (Gram - ou +)
- características metabólicas, antigenicas e geneticas.
- formas: coco, cocobacilo, vibrião, bacilo, espirilo e espiroqueta.
- arranjo: diplo-; estrepto-; tétrade-; sarcina-; estafilo-.

Célula bacteriana: membrana celular, as vezes envolta por uma parede celular e as vezes envolta por uma camada adicional externa. o citolasma interno possui ribossomos, região nuclear e em alguns casos granulos e vesiculas. sua extruna externa é em capsula, flagelo ou pili.
Parede celular: encontrada em quase todas as bacterias. fica fora da membrana plasmatica. função: manter a forma da celula e impedir o rompmento da celula quando liquidos fluem para o seu interior por osmose. componentes: peptideoglicano e ácido teicoico (nas gram +).
Membrana externa: presente nas gram -. membrana em bicamada ligada ao peptideoglicano por uma camada de lipoproteinas.
Lipopolissacarideo: identifica bacterias gram -.
espaço periplasmatico: entre a parede cellar e a membrana plasmatica. area mto ativa do metabolismo celular (possui enzimas digestivas e proteinas de transpote q destroem patogenos de bacterias).

Bacteria gram +: camada espessa de peptideo glicano, possui acido teicoico, mas nao possui membrana externa e espaço periplasmatico. os lipedios estão em escasses. sua forma é sempre rigida. resultado da digestão enzimatica: protoplasto. muito sensivel a corantes e antibioticos.

Bactéria gram -: camada fina de peptideoglicano. nao possui acido teicoico. apresenta lipopolissacarideo, membrana externa e espaço periplasmatico. forma rigida ou flexivel. resultado da digestão enzimatica: esferoplasto. moderadamente sensivel a corantes e antibioticos.

Bactéria álcool-ácido resistentes: possui poucos peptideosglicanos. acido teicoico, membrana externa e espaço periplasmatico estao todos ausentes. possui ácido micolico, ceras eglicolipidios. forma rigida ou flexivel. dificil de digerir. pouco sensivel a corantes e antibioticos.

membrana celular: viva, dinamica e em constante mudança. modelo de mosaico fluido: os fosfolipideos estão no estado fluido e as proteinas estão dispersas entres as moleculas de lipideos.

estrutura interna: citoplasma, ribossomos, nucleoide, inclusoes (granulos, vesiculas e vacuolos), endosporos.
estrutura externa: flagelos (movimento), filamentos axiais (faz girar como saca-rolha), pili (podem ser de conjugação-serve para transferir material genetico- ou de ligação-usado pra prender bacterias as superficies) e glicocálice (podem ser as capsulas ou camadas limosas).

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Metabolismo e crescimento bacteriano:

O crescimento bacteriano requer uma fonte de carbono e nitrogenio, uma de energia e água/ions. Fonte de energia e materia prima, para construção de proteinas, estruturas, membranas e maqinaria bioquimica. elas obtem e sintetizam aminoacidos, carboidratos e lipideos.
O crescimento bacterinao é o aumento no NUMERO DE CELULAS e nao no tamanho.

metabolismo: soma de todos os processos quimicos que ocorrem em um organismo.
anabolismo: reações que NECESSITAM DE ENERGIA para sintetizar moléculas complexas a partir de moleculas simples. necessário para o crescimento, reprodução e reparo de estruturas celulares.
catabolismo: reações que LIBERAM ENERGIA através da quebra de mol´culas complexas em moléculas simples. fornece energia para processos vitais como o movimento, transporte e sintese de moléculas.

bacterias podem ser: anaeróbios obrigatórios, aeróbios obrigatórios ou anaeróbios facultativos.
Metabolismo Anaeróbio:
-Glicose: não necessita de O2 podendo ocorrer na sua presença ou não.
-Fermentação: ocorre na ausencia de O2.
Metabolismo Aeróbico:
-Ciclo de krebs
-Transporte de elétrons e fosforilação oxidativa.
Metabolismo de lipídios e proteínas: a maioria dos organismos obtem energia da glicose, mas para toda substancia organica há um microorganismo que pode metaboliza-la (enzimas):
- lipidios -> ácidos graxos -> CICLO DE KREBS.
- proteínas -> aminoácidos -> GLICOSE, FERMENTAÇÃO ou CICLO DE KREBS.

Divisão celular: maioria sofre divisão binaria. as celulas filhas se tornam independentes quando um septo cresce entre elas separando-as.
A sintese de dna é continua e capaz de replicar o unico cromossomo bacteriano imediatamente antes da celula se dividir, sendo que a replicação do cromo se completa antes da divisão celular. em algumas especies a separação incopleta das celulas produz cadeias lineares, trétades, sarcinas e cachos de uva.

Fase de LAG: os organismo nao crescem em numeros mas sao metabolicamente ativos: crescem de tamanho, sintetizam enzimas, incorporam moleculas do meio e produzem ATP.

Fase de LOG: crescimento populacional ocorre em velocidade exponencial ou logaritima. Nessa fase os organismos se dividem em intervalos regulares, geneticamente determinado, chamado TEMPO DE GERAÇÃO. a população dobra em cada tempo de geração. Esse crescimento é por tempo limitado, pois a medida q os nutrientes sao consumidos, os residuos metabolicos se acumulam e o espaço se torna pequeno, reduzindo a taxa de crescimento.

Fase estacionária: Divisão celular decresce ao ponto em que novas celulas sao produzidas na mesma velocidade com que as células antigas morrem, devido a nutrientes limitados, residuos toxicos, suprimento de o2 inadequado e alteração no pH.

Fase de declínio (morte): numero de celulas vivas decresce em velocidade logaritima a medida que as condições do meio se tornam menos favoraveis. muitas celulas vao assumir forma incomum e algumas especies formam esporos.

Crescimento de colônias: em meio sólido, à partir de uma celula bacteriana que se divide, forma-se uma colonia. UFC (unidade formadora de colonia) -> cada bacteria da origem à uma colonia e a contagem é representada por UFC/ml.
Métodos De Medição:
-diluição de serie e contagem-padrão em placas.
-contagem microscopica direta (camara de petroff).
-método no numero mais provavel (NMP).
-filtração.
-turbidez.
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Esterilização: morte ou remoção de todos os MO's em um material.
Desinfecção: Redução do numero de MO's patogenicos em materiais, de modo que estes nao representem ameaça de doença.


agentes antimicrobianos químicos: influenciado pelo tempo de exposição, temperatura, pH e concentração da substancia (alta concentração: BACTERICIDA. baixa concentração: BACTERIOSTÁTICAS).
- Álcool 70%: exceção, pois o alcool 70 é mais potente até que o 99%, isso pq um pouco de água deve estar presente para ocorrer a reação de desnaturação de proteinas e também porque uma mistura de 70% de alcool/água penetra mais profundamente nos materias do que um alcool puro.

Caracteristicas de um desinfetante: ter ação rápida, atuar sobre todos os tipos de MO's, penetrar no material sem danificar, facil de preparar e estável ao calor/luz, baixo custo e não deve possuir odor desagradavel.

agentes antimicrobianos físicos:
- calor seco (forno de pasteur, flambagem): oxidação de moléculas
- calor úmido (autoclave): desnaturação proteica. Tem maior poder de penetração.
- pasteurização.

Esterilização por:
- Radiação (UV, microondas)
- Ondas sônicas e ultra-sônicas (Sonicação - rompe célula por onda sonora -, e cavitação - forma cavidades nas bacterias desintegrando e desnaturam proteinas)
- Filtração (membranas filtrantes)

Temperatura Fria: retarda o crescimento dos mo's pela redução das reações controladas por enzimas, mas nao mata os mo's.
o congelamento, secagem e liofilização, são utilizados para preservar tanto os alimentos quanto os microorganismos.
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MICROSCOPIA: torna coisas muito pequenas vísiveis ao olho humano.

COLORAÇÃO:
- Simples: um único corante.
- Diferencial: dois ou mais corantes e diferencia microorganismos ou partes deles.

Mais utilizados:
- Corantes Catiônicos (+) ou basicos: azul de metileno, cristal violeta, safarina e verde de malaquita.
- Corantes aniônicos (-) ou ácidos: eosina e ácido pícrico.

Coloração Gram:
1- cora-se as celulas com cristal violeta
2- acrescenta-se lugol (mordente - iodo auxilia na retenção do corante às células gram+)
3- lava-se a lamina com alcool-cetona (as células que nao reterem o cristal violeta serão descoradas pelo álcool-cetona)
4- acrescenta-se fucsina (vão corar as que foram descoradas pelo álcool-cetona: gram-)

Grupos de Gram:
- Gram +: parede celular que retem o cristal violeta.
- Gram -: parede celular que não retem o cristal violeta.
- Gram não-reativos: não se coram.
- Gram lábeis (variáveis): se coram de maneira desigual.
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Genetica Microbiana: toda informação necessaria à vida está armazenada no material genetico de um organismo: DNA ou RNA. Um cromossomo é uma molecula de DNA em forma de fita dupla (circular para procariontes e linear para eucariontes).
A célula procarionte possui um unico cormossomo circular moldado num nucleoide (superenovelamento) que se replica e cada celula-filha recebe um dos cromossomos transmitindo a informção genetica da célula-mãe para a cél-filha.

função das informações no DNA: replicar o DNA para divisão celular e proporcionar informações para sintese de proteinas (ocorre em ambar por pareamento de bases).

elementos genticos extracromossomicos:
- plasmidios: pequenas moleculas de dna contendo informações geneticas.
- bacteriófagos: vírus que infecta bacterias.

Inúmeras bacterias são promiscuas com sue DNA (promovem trocas de dna que permitem o intercambio de genes entre as celulas produzindo novas cepas bacterianas). essa troca de dna pode ser vantajosa ao receptor especialmente se o DNA alterado codificar "resistencia à antibióticos". (VANTAJOSA???) Esse dNa pode ficar no cromossomo doreceptor, em forma extracromossomica ou ser transferiado à filha.

Mutações:
- Genótipo: composição genetica de um organismo.
- Fenótipo: expressção física do genótipo.
- Mutação: alteração permanente na sequencia de nucleotideos de um DNA.
- Mutações pontuais: mudança de um unico nucleotideo.
- Mutações por deslocamento, inserção ou deleção de um ou mais nucleotideos.

variações fenotipicas nao podem envolver: alterações na morfologia da colonia, nos nutriente requeridos e na sensibilidade a temperatura.

Mecanismo de transferencia genetica:
- conjugação: atraves de um pilus sexual/plasmidio de uma bacteria doadora para uma receptora.
- transformação: aquisição de novos marcadores geneticos por incorporação de dna estranho.
- Transdução: transferencia de informação genetica de uma bacteria para outra atraves de bacteriofago.

Engenharia genetica: Pela engenharia genetica é possivel isolar e expressar genes de proteinas uteis, como: insulina, interfron, hormonio de crescimento e interleucinas, em bacterias, leveduras e ate insetos.
EX: - Transgenicos
- Utilização na medicina, industria e agricultura
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Agentes Antimicrobainos:
- Quimioterapia: tratamento de moléstias com substancias quimicas.
EX: Quimioterapicos (sintetizados em laboratorios)
Antibióticos (produzidos por seres vivos - bacteria ou fungo)

considerações para o estudo de antimicrobianos: patogenicidade, hospedeiro e agente antimicrobiano (ou seria microbiano?)

Toxicidade seletiva: baseia-se na exploração das diferenças na estrutura e metabolismo dos mo's e da celula hospedira. a essencia da quimioterapia antimicrobiana é matar ou inibir o microorganismo sem afetar o hospediro. Ocorre com maior probabilidade em organismos procariotas devido o maior grau de diferença com a celula hospedeira.
* vírus são mais dificeis de serem atingidos pelos agentes microbianos, devido seu parasitismo intracelular obrigatorio.


agente antimicrobiano ideal:
-quanto as propriedades antimicrobianas: toxicidade seletiva, amplo espectro de ação e atividade antibacteriana e antifungica.
- quanto as propriedades farmacologicas: atóxico para o hospedeiro; meia-vida longa no plasma (1 dose diaria); boa distribuição tecidual; baixa ligação às proteinas plasmaticas; formulações para dosagem oral e parenteral; ausencia de interferecia com outras drogas.

Classificação:
-pela ação bactericida ou bacteriostática
-pelo sitio de ação
-pela estrutura quimica

Sitios de ação: sintese da parede celulas; sintese de proterinas; sintese de acidos nucleicos; funçao da membrana celular.

1: antibacterianos que atuam na parede: Beta-lactâmicos - se ligam a proteinas da parece bacteriana bloqueando a etapa final da sintese da camada de peptideoglicano, matando a bacteria. (ex: penicilina)
2: antibacterianos que atuam na membrana citoplasmatica: polimixinas - atuam como detergentes cationicos, provocando desorganização na membrana, com a saida de componentes celulares e a morte bacteriana.
3: antibacterianos que atuam na sintese de proteinas: ligam-se a subunidades dos ribossomos, inibindo a sintese proteica (ex: aminoglicosídeos).
4: antibacterianos que atuam na sintese do DNA: metronidazol - é degradado e seus produtos intercalam-se na molecula de dna quabrando-a e impedindo sua sintese; derivados quinolonicos e rifampicinas - interferem nas etapas da sintese de dna.

Resistencia como resultado de mutação cromossomica: organismos mutagenicos podem adiquirir tolerancia a drogas (quimioterapicos ou antibioticos)

Resistencia adiquirida atraves de genes em plasmidios: plasmidios podem conferir vantagens seletivas à bacteria, exemplo: resistencia a antibiotico.

resistencia adiquirida por transposons (genes saltadores): responsaveis pela disseminação de genes que conferem resistencia bacteriana aos antibioticos e quimioterapicos.


MECANISMOS DE RESISTÊNCIA:
* Alteração no sítio-alvo: de maneira a apresentar uma baixa afinidade pelo antibacteriano e permitir o funcionamento normal do metabolismo da bactéria.
* Alteração no acesso ao sítio-alvo.
-Permeabilidade celular: aumentado a impermeabilidade da parede celular
-Mecanismo de Efluxo (bomba de efluxo): eliminação da droga do interior da célula
* Produção de enzimas que modificam ou inativam a droga:
-Beta-lactamases
-Enzimas modificadoras dos aminoglicosídios
-Acetil transferases do Cloranfenicol

TESTES DE SUSCETIBILIDADE (antibiograma)
* Após o isolamento do patógeno é possível investigar a interação entre os agentes antimicrobianos e as bactérias isoladas.
* Os testes de suscetibilidade enquadram-se em duas categorias principais:
-Testes de difusão (difisão de disco)
-Testes de diluição (MIC)

Teste de difusão:
* Princípio: observar a resistência ou sensibilidade que uma determinada cepa bacteriana possui frente a antimicrobianos, através de zonas de inibição “in vitro”.


INTERFERENTES:
A execução técnica deste exame está sujeita a várias interferências, por isso deve ser rigorosamente controlada. Entre as causas mais freqüentes de erros podemos citar:
* A análise de mais de uma cepa concomitantemente
* Inóculo muito denso
* Espessura do ágar fora dos padrões ( não deve ser <4> 6 mm)
* Discos de antibióticos muito próximos
* Discos contendo antibióticos hidrolisados
* Concentração inadequada de íons Ca e Mg no meio MH.

Teste de diluição: (Teste de MIC = concentração mínima inibitória)
* Fornece uma estimativa quantitativa da suscetibilidade ao antibiótico.
* Este teste determina as menores concentrações que inibem o crescimento visível in vitro.
* Em placas de microdiluição, tubos ou placas, diluições seriadas do antibiótico-teste são preparadas em caldo (ou em meio ágar) e inoculadas com uma suspensão previamente padronizada com o microrganismo a ser testado.
* Após 24 h, a MIC é registrada como a maior diluição em que não há crescimento macroscópico.
* Os testes MIC são mais onerosos em tempo e material, e não são comumente solicitados de rotina.
* São úteis no controle de infecções difíceis como endocardite bacteriana ou para aqueles que não respondem adequadamente a uma terapia aparentemente adequada.
* Teste E: é um método alternativo, no qual uma tira de papel filtro é impregnada com um gradiente de antibióticos, e é depositada em uma placa com ágar semeada com o isolado teste. A concentração da tira que inibe o crescimento é o MIC.
* Uma das vantagens do MIC é que este pode ser ampliado para determinar a CONCENTRAÇÃO BACTERICIDA MÍNIMA (MBC) = menor concentração de antibiótico para destruir o microrganismo. Para tal, os testes diluídos (MIC) são subcultivados em meio fresco, livre de antibióticos e incubados por mais 24 h.
* O agente antibacteriano será considerado BACTERICIDA se o MBC for igual ou não superior a 4 vezes o MIC.

SISTEMAS AUTOMATIZADOS:
* O princípio de diluição do MIC é a base de alguns sistemas de testes de suscetibilidade automatizados, que utilizam uma medida da viabilidade bacteriana (turbidez, impedância elétrica, etc) na presença de antibacterianos como sistema indicador.
* Esses sistemas podem produzir resultados mais rapidamente (5 horas) que os testes convencionais (24 h).

AGENTES ANTIFÚNGICOS:
* As drogas antifúngicas são relativamente limitadas devido à semelhança da célula fúngica e da célula humana (ambos eucariotos). Essas drogas podem ser tóxicas ao hospedeiro.
As drogas antifúngicas podem ser divididas em duas categorias:
* -as que alteram a membrana celular
* -as que atuam intracelularmente (interrompendo processos celulares vitais como a síntese de RNA, DNA e Proteínas)

Classes de antifúngicos
Célula: Humana= colesterol; Fúngica= ergosterol
* Polienos  anfotericina B, nistatina (atuam diretamente sobre o ergosterol da membrana)
* Azóis  (14-lanosterol dimetilase  biossíntese do ergosterol)
* Análogos da Pirimidina  flucitosina (5FC) (inibe a síntese de proteína e replicação do DNA)
* Caspofungina  inibe a síntese do polissacarídio -glucano da parede celular

TESTES DE SENSIBILIDADE ÀS DROGAS ANTIFÚNGICAS:
* Os protocolos M27-A2 e M38 da NCCLS (Comittee for Clinical Laboratory Standards) são os métodos de referência, e padronizam instrumentos de trabalho, inóculo, meios de cultivo, tempo e temperatura de incubação.
* O método de escolha é a da Microdiluição para determinação do MIC ou CIM (concentração mínima inibitória).
* Métodos comerciais como o E-test também são utilizados. É um sistema que também determina a CIM, está bem adaptado a várias drogas antifúngicas e apresenta uma boa correlação com os métodos de referência.

domingo, 13 de abril de 2008

TOXICOLOGIA - 1º Bimestre (Parte II)

Toxicocinética: é o estudo da relação entre a quantidade de um agente tóxico que atua sobre o organismo e a concentração dele no plasma, relacionando os processos de absorção, distribuição, biotransformação e eliminação do agente, em função do tempo.
* O EFEITO TÓXICO É PROPORCIONAL A [ ] DO AGENTE TÓXICO NO TECIDO ALVO.
* A [ ] DO TOXICANTE NO TECIDO ALVO PERMITE AVALIAÇÃO DO DANO CAUSADO.
* DEVIDO A DIFICULDADE EM SUA DETERMINAÇÃO, NA PRÁTICA, MEDE-SE A [ ] DO TÓXICO NO SANGUE QUE CONSTITUI O ÓRGÃO ACESSÍVEL E EM CONSTANTE COMUNICAÇÃO COM OS TECIDOS ALVO.

Exposição: é a medida do contato entre o AT e a superfície corpórea do organismo. As principais vias de exposição, no organismo são:
- Via gastrintestinal (ingestão)
- Via pulmonar (inalação)
- Via cutânea (contato)
via endovenosa > pulmonar > intraperitoneal > sub-cutânea > intra muscular > intra-dérmica > oral, cutânea
* A via pulmonar e a cutânea são as mais importantes na Toxicologia Ambiental e Ocupacional;
* A via gastrointestinal na Toxicologia de Alimentos, de Medicamentos, em casos de suicídios e homicídios;
* A via parenteral tem certa importância na Toxicologia Social e de Medicamentos.

Na fase de toxicocinética tem-se a ação do organismo sobre o agente tóxico, procurando diminuir ou impedir a ação nociva da substância sobre ele. Dela resulta a quantidade de AT disponível para reagir com o receptor biológico e, consequentemente, exercer a ação tóxica.
Fases da toxicocinetica: Absorção, Distribuição, Biotransformação, Excreção.

Fatores relacionados com a substancia quimica:
o Solubilidade
+ Hidrossolubilidade: OH, COOH, NH2, SO2H, SO2NH
o Grau de ionização
+ Ácidos fracos: pKa – pH = log (FNI)/(FI)
+ Bases fracas: pKa – pH = log (FI)/FNI)
o Dimensões das partículas

A) Absorção pelo trato gastrintestinal (TGI) ou Oral
* O AT será absorvido na parte do TGI onde existir a > quantidade de sua forma não-ionizada (lipossolúvel)
Os ácidos fracos não se ionizam em meio ácido, como o do estômago, sendo assim absorvidos na mucosa gástrica, enquanto as bases fracas por não se ionizrem no pH intestinal, serão absorvidas no local.
* Administração de EDTA: Facilita a absorção de ácidos, bases e substâncias neutras e quela minerais.
* Conteúdo estomacal: estômago vazio favorece a absorção do AT.
* Secreções gastrintestinais: Em crianças o pH não é tão ácido como o dos adultos ð Encherichia coli ð nitrato à nitrito ð rapidamente absorvidos pela mucosa estomacal ð metemoglobinemia.
* Mobilidade intestinal: O ñ da motilidade reduz a absorção do AT.
* Efeito de primeira passagem pelo fígado: < biodisponibilidade de algumas substâncias.

B) ABSORÇÃO CUTÂNEA
* A pele íntegra é uma barreira efetiva contra a penetração de AT. Porém, alguns AT podem sofrer absorção cutânea, dependendo de fatores como a anatomia e as propriedades fisiológicas da pele e físico-químicas dos agentes.
* Substâncias lipossolúveis Ü difusão passiva através dos lípides existentes entre os filamentos de queratina;
* Substâncias polares (¯ PM) Ü penetram através da superfície externa do filamento de queratina, no extrato hidratado.
* A absorção transepidérmica Ü é a mais freqüente, devido ao elevado número de células epidérmicas existente.
# Superfície corpórea: > no homem
# Volume total de água corpórea: Quanto > o volume aquoso corpóreo > a absorção pela pele. Homem e grávidas > absorção.
# Abrasão da pele: com a descontinuidade da pele, a penetração torna-se fácil.
# Fluxo sangüíneo através da pele: Inflamação ou fatores que levam à hiperemia ñ a absorção cutânea. A gestação ocorre alterações significativas no fluxo sangüíneo das mãos (ñ 6 X) e pés (ñ 2 X).
# Queimaduras químicas e/ou térmicas: as leves ou moderadas ñ a absorção cutânea, as severas destroem totalmente o tecido, formando uma crosta de difícil penetração.
# Pilosidade: nas áreas em que existem pêlos, a absorção cutânea pode ser 3,5 a 13 vezes maior do que nas regiões glabras;
# Vasoconstritores: reduzem a absorção cutânea,
# Veículos: podem auxiliar na absorção
# Água: O contato prolongado com água pode ñ a hidratação da pele em 3 a 5 vezes, o que resultará em um aumento na permeabilidade cutânea em até 3 vezes.
# Agentes tenso-ativos: os sabões e detergentes são substâncias bastante nocivas para a pele pois provocam alteração na permeabilidade cutânea, mesmo em pequenas concentrações.
# Solventes orgânicos: aumentam a absorção cutânea para qualquer tipo de agente químico, pois removem lipídeos e lipoproteínas presentes no extrato córneo, tornando-o poroso e menos seletivo. Os solventes mais nocivos são aqueles com características hidro e lipossolúveis. Exemplo dos mais nocivos, a mistura clorofórmio: metanol (2:1)

No contato dos agentes químicos com a pele podem ocorrer:
* Efeito nocivo local sem ocorrer absorção cutânea.
Ex.: ácidos e bases fortes.
* Efeito nocivo local e sistêmico. Ex.: o arsênio e benzeno.
* Efeito nocivo sistêmico, sem causar danos no local de absorção: é o caso dos inseticidas carbamatos (exceção feita ao Temik que é um carbamato com potente ação local).

C) ABSORÇÃO PELO TRATO PULMONAR
* A via respiratória é a via de maior importância para Toxicologia Ocupacional (ar ambiental).
* O fluxo sangüíneo contínuo exerce uma ação de dissolução muito boa e muitos agentes químicos podem ser absorvidos rapidamente a partir dos pulmões dependo de fatores como:
o Tamanho da partícula
o Coeficiente de partição sangue/ar
* Os agentes passíveis de sofrerem absorção pulmonar são os gases e vapores e os aerodispersóides.


3. OUTRAS VIAS
- Parenteral (IM, EV, SC, ID e IP)
Utilização:
+ utilizadas por dependentes de cocaína e heroína
+ em testes biológicos de xenobióticos em animais, usam-se com freqüência as vias IP e SC, que permitem rápida absorção de substâncias.
3.2) DISTRIBUIÇÃO E ARMAZENAMENTO
o SÍTIO DE ARMAZENAMENTO
PROTEÍNAS PLASMÁTICAS
* Albumina ® afinidade por substâncias de caráter ácido (fenobarbital, fenilbutazona, naproxeno, indometacina, ácido valpróico).
* Lipoproteínas g1-GPA ® afinidade por substâncias de caráter básico (quinidina, propranolol, imipramina, anestésicos locais, clorpromazina).
o PROTEÍNAS PLASMÁTICAS
Efeitos tóxicos severos podem aparecer, quando há um deslocamento anormal dos AT de seus sítios de ligação protéica. Alguns dos fatores que influem nesta ligação são:
* Competição entre fármacos: Ex.: sulfonamidas e bilirrubina competem pelo mesmo sítio da albumina; o warfarin (anticoagulante) é geralmente deslocado pelo AAS.
* Condições patológicas: Ex.: a síndrome nefrótica, que permite a eliminação da albumina através da urina, causando hipoalbuminemia.
* Concentração do agente: quanto maior a concentração do fármaco no plasma, maior a ligação protéica. \
* Concentração protéica: o aumento das proteínas plasmáticas resulta em maior ligação plasmática dos AT.
* Ex.: aumento de lipoproteína implica em maior ligação da imipramina.
* pH: Para alguns fármacos o pH do plasma altera a ligação às proteínas. Ex.: a teofilina terá uma maior ligação às proteínas plasmáticas quando o pH do sangue está aumentado.
* Idade: a concentração de algumas proteínas plasmáticas é alterada com a idade.
* Ex: as crianças tem uma quantidade de albumina menor do que o adulto. Assim, os fármacos que se ligam essencialmente à albumina estarão mais livres e podem ser mais rapidamente distribuídos, causando efeitos tóxicos mais severos, mesmo com doses não muito grandes.
o FÍGADO E RINS:
* Possuem elevada capacidade de se ligarem aos agentes químicos e apresentam as maiores concentrações destes quando comparados com outros órgãos.
* A proteína Y ou “ligandina”, presente no citoplasma das células hepáticas tem alta afinidade pela maioria dos ácidos orgânicos.
* A metalotineina, outra proteína tecidual, tem sido encontrada no fígado e rins ligada ao cádmio, cobre e zinco.
* A rapidez que o fígado se liga a AT pode ser exemplificada pelo chumbo que, 30 min após a administração tem sua cc hepática 50X > do que a plasmática.
o LIPÍDIOS:
* AT com elevado coeficiente de partição óleo/água, pode ser armazenado no tecido adiposo em grande extensão e isto diminuirá a concentração do AT disponível para atingir o sítio alvo.
o OSSOS:
* Armazenamento de agentes químicos inorgânicos, tais como flúor, chumbo e estrôncio.
* O fluoreto (F-) pode ser facilmente colocado no lugar da hidroxila (OH-) e o Pb e Sr no lugar do Ca.
* O armazenamento de AT no tecido ósseo poderá, ou não, provocar efeitos tóxicos no local. O Pb não é nocivo para os ossos, mas o F pode provocar fluorose óssea e o Sr radioativo, osteosarcoma e outras neoplasias.
3.3) BIOTRANSFORMAÇÃO
o Os metabólitos encontrados na urina e fezes, de regra, são polares e hidrossolúveis. Para facilitar a excreção de xenobióticos lipofílicos, o organismo dispõe de mecanismos bioquímicos que transformam as substâncias pouco polares e lipossolúveis, em substâncias mais polares e hidrossolúveis (Biotransformação).
o Os agentes tóxicos podem ser inativados (mais comum) ou ativados (Ex: parathion que é biotransformado a paraoxon).
o Reações hepáticas
o Fase I
+ Reações de Oxidação
+ Reações de Redução
+ Reações de Hidrólise
o Fase II
o Reação de Conjugação ou Síntese
* Os principais compostos endógenos envolvidos na conjugação são:
* Aminoácidos e seus derivados, como a glicina (COOH), cisteina (COOH), glutation (COOH), etc.
* Carboidratos e seus derivados, especialmente o ácido glicurônico (OH, COOH, NH2 e SH) e glicose.
* Conjugação com compostos simples, como por exemplo sulfato (OH, NH2 e fenóis) e acetato.
o Reações Extra-hepática
* Pulmões, rins, intestino, pele e mucosas participam também do processo de biotransformação dos xenobióticos
o FATORES QUE MODIFICAM A BIOTRANSFORMAÇÃO
* Espécie e raça
* Genéticos
* Sexo
* Idade
* Indução e inibição enzimática
* Estado nutricional
* patologias
3.4) EXCREÇÃO
o Renal
Ocorre no organismo uma combinação dos três processos de excreção renal, para permitir uma maior eficácia na eliminação do AT.
o Filtração glomerular
o Secreção tubular
o Reabsorção tubular

- As substâncias de caráter alcalino são eliminadas na urina ácida e as substâncias ácidas na urina alcalina.
- Nestas condições as substâncias se ionizarão, tornando-se hidrossolúveis e a urina é, em sua maior parte, formada de água.
+ Pulmonar
o Solubilidade no sangue
o Volatilidade
- Gases e vapores inalados ou produzidos no organismo são parcialmente eliminados pelo ar expirado.
- O processo envolvido é a difusão pelas membranas que, para substâncias que não se ligam quimicamente ao sangue, dependerá da solubilidade no sangue e da pressão de vapor.
o Biliar
o Ciclo entero-hepático
o Ex: morfina
+ Salivar: sofrem reabsorção no TGI.
* Láctea: DDT, PCB (difenil policlorados), Pb, Hg, As, morfina, álcool, etc.
* Sudorípara: iodo, bromo, ácido benzóico, ácido salicílico, chumbo, arsênio, álcool, etc

- FATORES QUE INFLUEM NA VELOCIDADE E VIA DE EXCREÇÃO
* Via de Introdução: a via de introdução influi na velocidade de absorção, de biotransformação e, também, na excreção.
* Afinidade por elementos do sangue e outros tecidos: geralmente o AT na sua forma livre está disponível à eliminação.
* Facilidade de ser biotransformada: com o aumento da polaridade a secreção urinária está facilitada.
* Freqüência respiratória: aumentando-se a freqüência respiratória, as trocas gasosas ocorrerão mais rapidamente.
* Função renal: sendo a via renal a principal via de excreção dos AT, quaisquer disfunção destes órgãos interferirá na velocidade e proporção de excreção.

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Toxicodinâmica: É o estudo da natureza da ação tóxica exercida por toxicantes sobre o sistema biológico, sob os pontos de vista bioquímico e molecular.

Critérios para avaliação do agente tóxico:
# Classificação química (alcool, amina,hidrocarboneto).
# Físico (gás, líquido,sólido).
# Bioquímico (inibidores enzimáticos, metemoglobinizantes)
# Farmacológico (bloqueadores de receptores nicotínicos, bloqueadores de canais de Na)

SELETIVIDADE DE AÇÃO
* Sistêmica (ex.: ácidos e bases atuam indistintamente sobre qualquer órgão ou tecido).
* Local (causam injúrias as estruturas-alvo como enzimas, mol. transportadoras, canais iônicos e receptores).
* Toxicidade seletiva
o Ocorre em determinado órgãos ou espécie
--- O agente é equitóxico a diversos órgãos, mas é acumulado principalmente em determinados órgãos;
--- Reage regularmente com um componente citológico ou bioquímico que está ausente ou não desempenha função relevante num órgão.

MECANISMOS GERAIS DE AÇÃO
* O conhecimento do mecanismo de ação do AT e do local específico de sua ação é importante para aplicação de medidas terapêuticas e preventivas de intoxicação.
* Os mecanismos e o locais de ação dos Agentes Tóxicos são variados, dependendo da estrutura química e propriedades físico-químicas.

4.1) Interações dos agentes tóxicos com receptores
R + T
RT
Ligação normalmente reversível
Kd = [R] [T] / [RT]

* Ativação (agonista): Ex.:nicotina em baixas doses estimula reptores nicotínicos
* Inibição (antagonista): Ex.: atropina , escopolamina bloqueiam receptores muscarínicos
:dTC, bloqueia receptores nicotinicos muscular

4.2) Interferência nas membranas excitáveis
“A manutenção e a estabilidade das membranas excitáveis são essenciais à fisiologia normal dos órgãos”.
o Bloqueio de canais iônicos
+ Tetrodotoxina
+ Bloqueia canal de Na  Ach
+ Fraqueza muscular, paralisia muscular completa e morte
+ Gônadas e fígado do peixe “cascudinho do mar”, baiacu ou fugu (japão)
* Interferência nas membranas excitáveis
o Aumento da permeabilidade aos íons
+ Batrocotoxina
+ Sapo (pele de anfíbio sul-africano)
+  a permeabilidade das membranas em repouso ao Na  PA prolongado  despolarizadas e inexcitáveis.
+ Células do miocárdio: fibrilação
o Reagem com as membranas
+ Toxina Botulínica (Clostridium botulinum)
+ Inibe a liberação de Ach ( ligação irreversível na mbr do axônio).
+ Paralisia parassimpática e motora progressiva, com xerostomia, turvação da visão e dificuldade de deglutir, seguida por paralisia respiratória.
--- Serpentes da família Naja - -bungarotoxina (ligação irreversível na mbr do axônio). - β- bungarotoxina (bloqueia receptores da Ach pós-sináptìcos).

4.3) Inibição da Fosforilação Oxidativa
I – Inibem o Ciclo do Ácido Tricarboxílico (Krebs)
o Fluoracetato (inibe a aconitase – CK)
-- Forma com o oxaloacetato, o fluorocitrato, numa reação catalisada pela citrato sintetase. Esta substância é um composto extremamente tóxica por inibir competitivamente a aconitase (síntese letal).
-- Encontrada em raticidas.
-- Bloqueio da formação final de ATP (via de oxidação dos carboidratos). A depleção de energia levará a perda de funções celulares.
--- Inibe a respiração com principais efeitos no SNC e a musculatura cardíaca.

* Ciclo de Krebs
Síntese Letal
Fluoracetato
CH3-COOF
+H2O
citrato sintetase
Inibidor
aconitase
CO-COOH
CH2-COOH
oxaloacetato
CH2-COOH
CH2-COOH
HO-C-COOH
citrato
F-CH2-COOH
CH2-COOH
HO-C-COOH
fluorcitrato

* Inibição da Fosforilação Oxidativa
II- Inibem a cadeia transportadora de elétrons
o Cianetos (inibem a citocromo oxidase- se fixa com o grupo heme da enzima, incapacitando-a de fixar o O2)
o Inibe a Utilização de O2 pelos tecidos
III – Inibem a ATPase
o DDT (Diclorodifeniltricloretano)
o Salicilatos
o Pentaclorofenol
--- Depleção de ATP leva a perda das funções celulares (integridade das membranas, bombas iônicas, síntese proteíca, etc).

* Inibição da Fosforilação Oxidativa
IV- Diminuem o oxigênio Tecidual
o Paralisia respiratória – depressores do SNC, convulsivantes.
o Isquemia – cocaína, alcalóides do Ergot
o Transporte de oxigênio – CO e metamoglobinizantes.
* Inibição da Fosforilação Oxidativa
* A hemoglobina (Hb) é constituída de uma parte protéica (globina) e outra não protéica (heme).
* Heme: uma molécula de Fe2+ ligada a quatro moléculas de protoporfirina.
* O Fe possui 6 valências de coordenações, portanto no heme restam ainda 2 coordenações livres. Uma delas é ligada à globina formando a hemoglobina e a outra (a 6a) é ligada ao O2, dando origem a oxemoglobina (HbO2).
* Carboxemoglobina (HbCO): pode ser causada pelo CO, diclorometano, etc.
* Metemoglobina (MeHb): exposição a anilina, acetaminofeno, nitritos,etc.
Fosforilação Oxidativa

4.4) Complexação com Biomoléculas
o Enzimas
+ Inibição
# Inseticidas organofosforados
# Cianetos
# Metais: Pb, Hg, Cd e As (se complexam a grupamentos sulfidrilas de enzimas deprimindo o mecanismo enzimático celular)
--- Anemia (enzimas específicas do grupamento Heme)

* Proteínas
A biotransformação de xenobióticos produz, frequentemente, substâncias quimicamente reativas. Esse processo de bioativação é responsável pela formação de inúmeros metabólitos ativos.
o Bioativação (xenobióticos que são ativados pelo organismo)
+ Aflatoxina B1 (2,3-epóxido  DNA hepatotóxico)
# Paracetamol (quinoneimina  Necrose hepática)
# Cloranfenicol (anemia aplástica  metabólito MO)
+ Glutationa (captação de metabólitos eletrofílicos por conjugação, transformando-os em produtos mais polares e sem toxicidade).

* Lipídeos
- Peroxidação Destruição dos componentes celulares (tetracloreto de carbono)

* Ácidos nucléicos
o Nitrosaminas (Posição 0-6 da guanina  mutagenicidade e carcinogenicidade)
o Aflatoxinas (2,3-epóxido  DNA  Hepatocarcinogenicidade)

* Perturbação da homeostase cálcica
Agentes que promovem o aumento de cálcio na célula
o Ligação com os canais de cálcio: glutamato,...
o Forma “novos poros”: anfotericina B
o Liberação de cálcio dos estoques intracelulares
o Inibição da extrusão de cálcio pela mbr plasmática
o Ruptura da membrana celular: fosfolipases
o Desorganização do citoesqueleto

* Formação de radicais livres
- Nitrofurantoína

* Interferência do sistema imunológico
- Imunossupressores
- Imunoindução
- Alergias

5. FATORES QUE INFLUEM NA TOXICODINÂMICA
* Fatores endógenos
o Idade
o Sexo
o Genótipo
* Fatores exógenos
o Nutrição
o Patologias
o Interações de toxicantes

A aflatoxina B1, ao ser biotransformada pelas enzimas microssomais hepáticas forma:
(A) álcoois, que se ligam aos sítios protéicos.
(B) epóxidos, que reagem com o DNA.
(C) aldeídos, que se ligam à membrana protéica.
(D) cetonas, que reagem com o DNA.
(E) ácidos, que formam adutos em receptores enzimáticos.

A diferença do mecanismo de ação (toxicodinâmica) entre os asfixiantes químicos monóxido de carbono (CO) e ácido cianídrico (HCN) é que o:
(A) CO impede a chegada de O2 aos tecidos pela formação de carboxiemoglobina, enquanto que o HCN apenas causa diluição de O2 na atmosfera.
(B) HCN impede a chegada de O2 aos tecidos, enquanto que o CO impede o aproveitamento de O2 pelas células por meio da inibição da citocromo oxidase.
(C) HCN impede o aproveitamento de O2 por causar metaemoglobinemia (conversão do Fe2_ em Fe3_), enquanto que o CO liga-se à hemoglobina impedindo o transporte de O2.
(D) CO causa apenas uma diluição do O2 na atmosfera, enquanto que o HCN impede o aproveitamento de O2 pela célula por meio da inibição da citocromo oxidase.
(E) HCN impede o aproveitamento de O2 pela célula por meio da inibição da citocromo oxidase, enquanto que o CO impede a chegada de O2 aos tecidos pela formação de carboxiemoglobina.

TOXICOLOGIA - 1º Bimestre (Parte I)

INTRODUÇÃO:
# Papiro de Ebers (1.500 a.c):
- Venenos eram utilizados para caça ou como arma contra inimigos;
- Pedras preciosas eram utilizadas como antídotos:
Ametista: antídoto para intoxicação por bebida alcoólica
Topázio: prevenção de morte súbita
# Paracelsus (1943-1541): “todas as substâncias são venenos, não há nenhuma que não seja veneno. A dose correta diferencia o veneno do remédio”.
# Claude Bernard (1813-1878):
- introdução do conceito de toxicidade de substâncias em órgãos-alvo;
- estudo do curare: esclarecimento do mecanismo de ação sobre a placa terminal do músculo estriado esquelético.
# Rognetta (1800-1857):
- estudo do mecanismo de ação de vários agentes tóxicos, especialmente o arsênio.
# Ehrlich (1854-1915):
- estudo da toxicodinâmica e farmacodinâmica;
# Joseph Jacob Plenck (1739-1807):
- técnicas analíticas para quantificar os agentes tóxicos em tecidos na tentativa de comprovar as causas do envenenamento, surgindo a toxicologia forense.
# Frederick Accum (1776):
- aplicações da química analítica para a detecção de contaminantes em alimentos e preparações farmacêuticas.

Seculo XX:
- 1937:intoxicação de milhares de pessoas causada pelo solvente dietilenoglicol, utilizado na preparação do elexir sulfanilamida;
- década de 50: crianças vítimas da intoxicação por talidomida, utilizado por mulheres no período da gestação;

HOJE: A ênfase é voltada à avaliação da segurança e risco na utilização de substâncias químicas.


Toxicologia: É a ciência que estuda os efeitos nocivos decorrentes das interações das substâncias químicas com o organismo.
Objetivo: Avaliação do risco para o estabelecimento de medidas de segurança na utilização das substâncias químicas e a proteção dos indivíduos expostos.
Agente Tóxico ou Toxicante: Substância química capaz de causar dano a um sistema biológico, alterando uma função ou levando-o à morte, sob certas condições de exposição (alterações na homeostase).
Xenobiótico: Designa substâncias químicas estranhas ao organismo.
Droga: Toda substância capaz de modificar ou explorar o sistema fisiológico ou estado patológico, utilizada com ou sem a intenção de benefício ao organismo receptor.
Fármaco: Toda substância de estrutura química definida capaz de modificar ou explorar o sistema fisiológico ou estado patológico, em benefício do organismo receptor.
Antídoto: Agente capaz de antagonizar os efeitos tóxicos das substâncias.
Toxicidade: É a capacidade inerente e potencial do agente tóxico de provocar efeitos nocivos em organismos vivos.
Risco X Toxicidade: Risco de um efeito adverso à saúde diz respeito ao nível de exposição e da susceptibilidade (probabilidade) individual para aquela molécula. Uma substância pode apresentar elevada toxicidade (DL50) e baixo risco.
Exposição: É o contato do organismo com uma substância tóxica.
Intoxicação: Conjunto de sinais e sintomas que evidenciam o efeito nocivo produzido pela interação entre uma substância química e o organismo.
Ação tóxica: Maneira pela qual um agente tóxico exerce sua atividade sobre as estruturas celulares.
Efeito tóxico agudo: ocorre ou se desenvolve rapidamente após uma única administração (ou múltipla em 24 horas) de um agente químico.
Efeito tóxico crônico: é o que se caracteriza não somente pela sua duração, mas também, por certas características patológicas. Pode ser por acumulação ou somatória dos efeitos produzidos.
Efeito tóxico reversível e irreversível: Além da dose, tempo e frequência da exposição, depende da capacidade de regeneração do tecido ou do sistema afetado.
Reações idiossincráticas: Reatividade anormal do organismo, determinada geneticamente, a um agente químico.
* Para uma mesma dose, efeito similar qualitativo para muitos indivíduos; para outros pode assumir extrema suscetibilidade em baixas doses ou o contrário em altas.

Os termos efeito e resposta são usados como sinônimos para denotar uma alteração biológica num indivíduo ou numa população relacionada com uma exposição ou dose.
* Efeito Þ indica a alteração biológica
* Resposta Þ indica a proporção da população que manifesta um efeito definido, ou seja, a taxa de incidência de um dado efeito.

Fases de Intoxicação:
* Fase de Exposição
* Toxicocinética
* Fase Toxicodinâmica
* Fase clínica

A toxicologia pode ser dividia:
* De acordo com os diferentes campos de trabalho: Toxicologia Analítica, Toxicologia Clínica e Toxicologia Experimental.
* De acordo com as áreas de atuação: Toxicologia Ambiental (estuda os efeitos nocivos produzidos pela interação dos contaminantes químicos ambientais com os organismos humanos), Toxicologia Ocupacional (estuda os efeitos nocivos produzidos pela interação dos contaminantes do ambiente de trabalho, com o indivíduo exposto e o impacto sobre sua saúde), Toxicologia de Alimentos (estuda os efeitos adversos produzidos por agentes químicos presentes nos alimentos), Toxicologia de Medicamentos e Cosméticos (estuda os efeitos nocivos produzidos pela interação dos medicamentos com o organismo) e Toxicologia Social (estuda os efeitos nocivos dos agentes químicos usados pelo homem em sua vida de sociedade - Drogas e Alcoolismo).

Laboratório de Toxicologia:
- função: Prevenção: monitorização terapêutica, biológica e ambiental; Diagnóstico: análises toxicológicas de urgência, farmacodependências, etc; Tratamento: acompanhamento de parâmetros bioquímicos e hematológicos, determinação de antídotos, etc.
- Atribuições legais: Determinar nos alimentos a presença de contaminantes e quantificar os aditivos; Determinação de xenobióticos presentes no ambiente (ar, solo, água) à controle da qualidade do ar; Avaliação do grau de exposição através dos Indicadores Biológicos; Controlar os Limites de tolerância nos locais de trabalho; Controle terapêutico de medicamentos em determinados tratamento; Identificação de drogas e controle da farmacodependência; Identificação de constituintes tóxicos em vegetais; Análise de toxicantes em material e amostras biológicas para fins legais; Análise para diagnóstico das intoxicações agudas e de apoio no tratamento do paciente intoxicado; Análise para diagnóstico diferencial nas suspeitas de intoxicações; Controlar o uso de dopping nas competições esportivas.

Toxicologia analítica: É um ramo da toxicologia que se utiliza de recursos da química analítica para a identificação e/ou quantificação de substâncias que podem exercer efeitos tóxicos.
- Clínico: formula uma hipótese diagnóstica, baseada nos sinais e sintomas apresentados pelo paciente e em tudo o que a história possa elucidar.

ANAMNESE CLÍNICA
SUSPEITA DE INTOXICAÇÃO
DISCUSSÃO CLÍNICO X TOXICOLOGISTA
TRIAGEM
AMOSTRAS (SANGUE, URINA, SECERÇÃO GÁSTRICA etc)
ANÁLISE TOXICOLÓGICA
TRIAGEM

Pode ser caracterizada por três modos:
1. – O quadro clínico não é característico de um determinado agente tóxico.
- Desconhece-se o toxicante
- Pode haver ou não história de intoxicação
TRIAGEM COMPLETA
- Pesquisa de vários grupos de toxicantes, dependendo do quadro clínico
2. – Quadro Clínico sugere um tipo de intoxicação;
- Há uma história de intoxicação;
- Desconhece-se o agente tóxico.
TRIAGEM SELETIVA
- Orientada de acordo com o agente tóxico causador da sintomatologia
– Há uma história de intoxicação
- O agente tóxico é conhecido
- O quadro clínico é compatível com o toxicante suspeito
TRIAGEM CONFIRMATÓRIA
- Confirmar a presença do agente tóxico relatado

Emergência toxicológica

Intoxicações agudas

Análise toxicológica de urgência

Confirmação - Diagnóstico.


OBS: A falta de correlação entre os resultados analíticos e as suspeitas de intoxicação pode ser decorrente de:
- anamnese incompleta
- material biológico inadequado
- material biológico mal acondicionado
- envolvimento de vários agentes tóxicos
- presença de outras patologias
- síndrome de abstinência (confundida com quadros de intoxicação

TAT (turn around time): Tempo decorrido entre o recebimento da amostra e a apresentação do resultado.
Análise toxicológica de alimentos: Fornecer dados que possibilitem uma avaliação geral dos níveis residuais em alimentos e possíveis causas de níveis excessivos, assim como tentar estabelecer uma relação causa/efeito para tais substâncias.

Finalidade;
- analise toxicologica de urgencia: Auxilia no diagnóstico e prognóstico das intoxicações agudas, bem como no acompanhamento do tratamento. Exige ser realizada num prazo máximo de 4 a 24 horas.
- análises de Controle do Grau de Exposição: Monitorizar e controlar a exposição crônica a agentes químicos presentes no ambiente de trabalho; Avaliar o grau de exposição ambiental a substância químicas; Controle do uso terapêutico ou do abuso de medicamentos; Monitorizar pacientes dependentes de drogas de importância social.

Toxicante: Substância química inalterada; Produto de metabolização do toxicante; Parâmetros bioquímicos e hematológicos.
- Os toxicantes costumam ser agrupados em função de seu estado físico e de suas propriedades químicas:
* Gases, vapores e material particulado;
* Compostos voláteis (líquidos e sólidos voláteis);
* Substâncias inorgânicas e orgânicas fixas.
Amostra: Sangue e urina são as amostras mais comuns.
* Urina: o agente tóxico ou sua forma biotransformada estará presente numa concentração bastante diluída.
* Sangue: não há uma diferença significativa nas concentrações de substâncias tóxicas no soro ou plasma. Há diferença quando se compara com o sangue total.
* Esclarecimento de intoxicação letal: material de necropsia (tecidos, fluídos e órgãos);
* Intoxicações agudas: sangue, urina, soro ou plasma. Líquido de lavagem gástrica, vômitos, restos de alimentos e medicamentos encontrados junto ao paciente também são importantes. Amostras de líquido de diálise são indicadas para acompanhar o tratamento do intoxicado;
* Controle da exposição ambiental e ocupacional: sangue e urina
- Controle terapêutico: soro ou plasma.
+ Vale lembrar que para alguns medicamentos a saliva constitui amostra muito adequada;
- Controle da dopagem e dependência às drogas: urina;
- Amostras alternativas: ar expirado (etanol), unha (As), cabelo (As e Hg), tecido adiposo (DDT), tecido do septo nasal (Cr), leite materno (Hipnóticos), etc.

Obs.: nos casos de suspeita, além do material para exame toxicológico, deve ser coletado material para exame histopatológico, bacteriológico e pesquisa de vírus (inoculação).

MÉTODO
* O método é escolhido a partir da seqüência das respostas anteriores.
* Exatidão
* Precisão
* Sensibilidade
* Especificidade

* Separação:
o Destilação
o Mineralização;
o Percolação.
* Extração:
o Solventes;
o Colunas cromatográficas;
o Colunas de imunoafinidade.
* Identificação (Técnicas):
o Espectrométricas;
o Cromatográficas;
+ Camada delgada;
+ Gasosa;
+ Líquida de alta eficácia acoplada ou não a espectrofotometria de massa
o Imunoensaios.

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Biossegurança: aplicação de boas práticas laboratoriais visando à prevenção, ao controle ou à eliminação de riscos.

CLASSES DE RISCO DOS AGENTES BIOLÓGICOS:
Divididos pelos seguintes critérios:
Patogenicidade
Alteração genética ou recombinação gênica
Estabilidade
Virulência
Modo de transmissão
Endemicidade
Conseqüências epidemiológicas
Disponibilidade de medidas profiláticas e de tratamento eficaz.

Classe 1: baixo risco individual, pois o microorganismo não causa infecção ao homem, e risco comunitário limitado. Bastante seguro. Ex: bacilo subtilis.

Classe 2: risco individual moderado, podendo causar infecção, e baixo risco comunitário.

Classe 3: alto risco individual com infecção grave, e risco comunitário moderado, porque OU tem profilaxia OU tem tratamento eficaz. Ex: infecção por microbactéria tuberculosis ou vírus da hepatite B.

Classe 4: Riscos individual e comunitário altos. Ex: Cólera, ebola, etc.

Classe 5: O risco de causar doença animal grave e de disseminação no meio ambiente é alto. Ex: Gripe aviária.

NÍVEL DE BIOSSEGURANÇA (NB):
* Nível de biossegurança (NB–1): Adequado ao trabalho que envolva agentes bem caracterizados e conhecidos por não provocarem doenças em seres humanos e que impliquem em mínimo risco ao ser humano e ao meio ambiente.
* Nível de biossegurança (NB–2): Adequado ao trabalho que envolva agentes que possam causar doença em seres humanos mas que não consistem em grande risco para quem aplica as recomendações de biossegurança.
* Nível de biossegurança (NB–3): Adequado ao trabalho que envolva agentes que possam causar doenças graves em seres humanos e que possam representar grande risco para quem os manipula.
* Nível de biossegurança (NB–4): Adequado ao trabalho que envolva agentes que representem ameaça para o ser humano, representando risco a quem os manipula, tendo grande poder de transmissibilidade.

Contenção: O termo contenção é utilizado para descrever os métodos de segurança utilizados na manipulação de agentes de risco no laboratório.
Objetivo: reduzir ou eliminar a exposição da equipe do laboratório, de outras pessoas e do meio ambiente aos
agentes de risco.
Elementos básicos da contenção são as boas práticas laboratoriais, os equipamentos de segurança e as edificações e instalações adequadas.
Contenção primária:são utilizadas as boas práticas laboratoriais e equipamentos de segurança como equipamentos de proteção individual e cabines de segurança biológica.
Contenção secundária: são utilizadas edificações e instalações laboratoriais adequadas.
A avaliação de risco dos trabalhos a serem desenvolvidos no laboratório determinará a combinação adequada desses elementos.

EPI: todo dispositivo de uso individual, destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador.
A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
a) sempre que as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou não oferecerem completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou de doenças profissionais e do trabalho;
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;
c) para atender a situações de emergência;
d) empregador deve fornecer aos trabalhadores os EPI de acordo comas atividades realizadas por cada profissional.

sábado, 12 de abril de 2008

DIAGNÓSTICO POR IMAGEM - 1º Bimestre (Parte II)

Básico do implante das mamas

Os implantes de mama são sacos pequenos formados por uma concha de elastômero com uma válvula para enchimento auto-seladora na frente ou atrás. Os implantes de mamas são preenchidos com silicone em gel ou com uma solução salina estéril (água salgada).

Os implantes das mamas possuem uma variedade de formas e tamanhos. O tamanho dos implantes das mamas é medido em centímetros cúbicos (ccs) e eles aumentam o tamanho das mamas de uma mulher aproximadamente o volume de uma xícara a cada 175 a 200ccs.

Geralmente, os implantes apresentam três tamanhos, e o tamanho que é utilizado depende do resultado desejado pela paciente e do tamanho da mama que sua estrutura física suporta. Escolher um implante de mamas muito grande pode causar complicações cirúrgicas ou tornar o implante visível através da pele após a cirurgia.

FORMAS DE IMPLANTE:

O tamanho não é a única coisa a ser considerada quando se fala sobre implantes. Para obter os resultados mais seguros e naturais, os implantes das mamas são feitos com uma variedade de características em mente. A primeira delas é a forma. Os implantes das mamas possuem duas formas: redondo e arredondado.

Os implantes redondos são o tipo mais comum. Muitas mulheres escolhem os implantes redondos porque eles tendem a fornecer uma grande quantidade de sustentação, preenchimento e definição. Algumas mulheres, entretanto, acham o implante redondo muito falso e optam por alternativas de aparência mais naturais.

Os implantes arredondados possuem mais a forma de uma gota (lágrima) para imitar a forma anatômica das mamas. Os implantes arredondados foram originalmente desenvolvidos para a reconstrução das mamas, mas se tornaram muito populares na cirurgia de aumento nas mulheres que desejam uma forma mais natural. A escolha do implante mais adequado deve ser descutida com o médico e as variáveis a serem consideradas são:

a quantidade de tecido com a qual o cirurgião deve trabalhar

a anatomia do paciente

onde o cirurgião colocará o implante na mama

COLOCAÇÃO DO IMPLANTE:

Um dos fatores mais importantes no sucesso do implante de mama é a sua colocação adequada. Existem três locais onde o implante pode ser colocado para aumentar o tamanho das mamas de uma mulher:

subglandular

subpeitoral

submuscular

Subglandular: esta colocação insere o implante diretamente atrás da glândula mamária e na frente do músculo. Esta colocação necessita da cirurgia menos complicada e possui a melhor recuperação. As mulheres atléticas podem optar por esta colocação porque evita que o flexionar dos músculos do peito interfira com a colocação ou integridade do implante.

Subpeitoral: esta colocação envolve a colocação do implante embaixo do músculo peitoral maior. Por causa da estrutura deste músculo, o implante só é coberto parcialmente. Esta alternativa reduz o risco de contratura capsular e curvatura visível do implante, mas o tempo de recuperação deste posicionamento é maior e mais doloroso porque o médico tem que manipular o músculo durante a cirurgia. Também por causa do aumento do inchaço, o implante pode demorar mais para ficar na posição natural após a cirurgia.

Submuscular: esta colocação põe o implante firmemente atrás da parede do músculo peitoral. O implante é colocado atrás do músculo peitoral maior e atrás da fáscia de suporte (tecido conectivo) e grupos de músculos não peitorais. Os implantes submusculares tendem a ser melhor para as mamografias, uma vez que se coloca o implante completamente atrás da área que necessita ser examinada. Esta colocação possui o mesmo contra que a colocação subpeitoral com um tempo de recuperação ainda mais longo.

INCISÕES:

Incisão periareolar

A incisão periareolar, ou incisão na auréola, é uma das incisões mais comumente utilizadas na cirurgia de aumento de mama. A incisão na auréola permite a colocação subglandular, subpeitoral ou submuscular do implante. O implante pode ser inserido e removido pela incisão da auréola no caso de complicações. A incisão é realizada onde a pele mais escura da auréola encontra a pele mais clara da mama. Isto permite que a cicatriz se misture com a mudança natural da pigmentação da pele. O implante é enrolado em uma capa de proteção antes de ser inserido. A capa evita que o implante entre em contato com bactérias no seio lactífero, que poderia causar contaminação por germes após a cirurgia. Após a colocação, a capa é retirada.

Uma das maiores vantagens deste tipo de incisão é que o cirurgião trabalha perto da mama, permitindo a colocação precisa do implante.

Incisão na prega inframamária

A dobra inframamária é outra incisão muito comum utilizada para o aumento da mama. Da mesma forma que a incisão da auréola, esta incisão permite que três tipos de colocação e a inserção e remoção do implante. A incisão é feita na dobra embaixo da mama, permitindo uma cicatriz discreta. Uma vez que a incisão é realizada, o implante é inserido e manuseado verticalmente no local. Ele passa pelos ductos do leite, de maneira que a capa protetora não é necessária.

Incisão transaxilar

As pacientes que desejam uma cirurgia sem cicatriz na mama geralmente optam pela incisão mais difícil, que é a transaxilar. Esta incisão é realizada na axila e deixa uma pequena cicatriz que é virtualmente impossível de ver. O procedimento transaxilar pode ser realizado com ou sem a ajuda de um endoscópio (um tubo com uma pequena câmera cirúrgica na extremidade). O corte é realizado na dobra da axila e cria-se um túnel dentro da mama. O implante é inserido no túnel e manuseado no local.

A incisão transaxilar apresenta um grande desafio para os cirurgiões, porque trabalhar longe da mama torna a colocação de implante mais difícil.

Como as incisões da auréola e da prega, a incisão da axila pode ser usada para a colocação do implante em qualquer local na mama. A principal desvantagem da incisão transaxilar é que se, ocorrer uma complicação que necessite a revisão ou remoção, a possibilidade do cirurgião ter de fazer uma incisão na auréola ou na prega para trabalhar com o implante é grande. É muito raro que os cirurgiões consigam reutilizar a incisão transaxilar - é muito difícil trabalhar em um implante tão longe da mama.

RISCOS: O primeiro e o mais importante é a infecção.

Flacidez
Este é o efeito criado quando o implante fica muito embaixo e a auréola fica muito alta. Isto cria uma aparência não natural que é o resultado de criar um espaço muito grande para o implante. Também pode ser causado pelo peso do implante na mulher de pele fina. Isto pode ser corrigido com cirurgia.

Contratura capsular
Contratura capsular não é um risco ou complicação no sentido tradicional: isto vai acontecer definitivamente em um determinado grau. A quantidade de contratura é o problema. A contratura capsular faz com que o implante seja espremido pelo tecido de cicatrização fibroso que se forma ao redor dele. O resultado pode ser um endurecimento dolorido das mamas.

Hematoma

Este é um risco cirúrgico comum que é causado pelo sangue coagulado embaixo da pele. Pode criar inchaço arroxeadoo, possivelmente doloroso. Isto pode ser corrigido com cirurgia ou drenagem.

Interferência com a mamografia
A solução salina ou o silicone nos implantes de mama podem alterar a mamografia e deixar de mostrar um câncer de mama ou uma lesão pré-cancerosa.

Necrose
Necrose ou "morte do tecido" é uma complicação rara e grave. O tecido morto pode se acumular ao redor do implante e impedir a resolução do processo.

Ruptura
Mesmo que as mulheres com os implantes de mama possam realizar uma série de atividades sem medo, elas devem saber que seus implantes não são indestrutíveis .

Seroma

Seroma é um acúmulo de líquido ao redor do implante. Este pequeno problema é resolvido com a drenagem dos líquidos com uma agulha.

Tumores Benignos:

• Hamartoma: é uma proliferação benigna de tecido fibroso, glandular e gorduroso. Seu aspecto mamográfico típico é de um nódulo redondo ou ovóide, bem circunscrito com densidade de tecidos moles e gordura, envolvido por uma fina pseudocápsula. Ecograficamente aparece como um nódulo heterogêneo, hipoecóico e/ou hiperecóico, ovóide ou como tecido glandular normal.
A ecogenicidade do hamartoma será determinada pela quantidade de tecido predominante, se houver mais tecido gorduroso, o mesmo será mais hipoecóico, mais tecido fibroglandular, determinará hiperecogenicidade.

• Lipoma: geralmente assintomático e unilateral. Pode manifestar-se como nódulo palpável móvel. Seu padrão mamográfico é de um nódulo hipodenso, apresentando uma cápsula de tecido fibroso. À ecografia apresenta-se como nódulo bem delimitado hipoecóico (mamas densas) ou hiperecóico quando se localiza superficialmente no tecido adiposo subcutâneo .

DOENÇA DE MONDOR:descrita em 1959 por Henri Mondor, é uma tromboflebite de veia mamária, originando um cordão fibroso, às vezes em forma de contas de rosário, podendo ser assintomática ou causar dor. Em nossa casuística observamos 4/100000 (casos/mamografias). O padrão mamográfico é de uma estrutura tubular densa, que à ecografia mostra-se superficial e hipoecóica .

Fibroadenoma Atípico: a mamografia da mama direita mostrou em QSE, um grupo de microcalcificações compactas, heterogêneas e irregulares, suspeitas e classificada como BI-RADS 4. Foi realizada biópsia destas microcalcificações cujo resultado foi de fibroadenoma calcificado .
• Ectasia Ductal :a ductografia percutânea mostrou a presença de ductos dilatados, com defeito de enchimento que à ecografia corresponde a estruturas tubulares anecóicas com ecos internos com material viscoso à punção.

• Sindrome de Poland: descrito em 1841, como ausência do músculo peitoral. Atinge uma em cada 36.000 a 50.000 mulheres. Hipoplasia mamária é comum nesta síndrome, assim como anormalidades do esqueleto torácico. Causa ainda desconhecida.

• Tumor Filóide: é um tumor raro (0,3%) de origem fibroepitelial, comumente manifestado por nódulo de crescimento rápido em mulheres de 30 a 50 anos, podendo ser benigno ou maligno, este último mais freqüente em mulheres de idade avançada. À mamografia aparece como nódulo, ovóide ou lobulado, bem circunscrito, semelhante ao fibroadenoma, porém com maiores dimensões. Seu aspecto ecográfico típico é de um nódulo sólido, hipoecóico, não homogêneo e bem circunscrito, podendo conter áreas císticas, que são altamente sugestivas. É muitas vezes indistinguível do fibroadenoma e não é possível diferenciar entre lesões benignas ou malignas (fig 2 e 3).

NÓDULOS: É o achado mamográfico encontrado em 39% dos casos de câncer não palpáveis. Os nódulos

devem ser analisados de acordo com o tamanho, contorno, limites e densidade.

• Tamanho - no caso das lesões não palpáveis este parâmetro é de importância relativa, pois os nódulos diagnosticados apenas pela mamografia, apresentam pequenas dimensões.

Contorno - os nódulos podem apresentar contorno regular, lobulado, irregular e espiculado. A suspeita de malignidade aumenta em função da ordem citada acima.

Limites - os limites representam a relação do nódulo com as estruturas vizinhas; portanto, limites mal definidos são mais sugestivos para malignidade do que limites parcialmente definidos e

limites definidos

Densidade - os nódulos malignos geralmente apresentam densidade elevada, às vezes densidade

intermediária e raramente baixa densidade.

MICROCALCIFICAÇÕES: Achado mamográfico encontrado em 42% dos casos de câncer em lesões não palpáveis,podem representar o sinal mais precoce de malignidade. A análise deve incluir tamanho, número,forma, densidade e distribuição.

Tamanho - microcalcificações, por definição, são estruturas com tamanho igual ou menor que 0,5 mm, portanto, partículas pequenas sugerem malignidade e partículas maiores são mais sugestivas

de benignidade.

• Número - quanto maior o número de microcalcificações por centímetro cúbico, maior a suspeita para malignidade. Não esquecer que na radiografia considera-se 1 centímetro quadrado, que representa a projeção, em 2 planos, do volume correspondente a 1 centímetro cúbico. A suspeição começa a partir de 5 partículas. Assim, quanto maior o número de partículas na área de 1 cm2 da radiografia, maior a suspeita para malignidade.

Forma - quanto maior a variedade de formas (puntiformes, lineares, ramificadas), maior o grau de suspeição para malignidade.

Densidade - as microcalcificações tipicamente malignas apresentam densidade alta e importante variação de densidade dentro das partículas e entre as partículas. Portanto, densidade baixa e pouca ou nenhuma variação de densidade entre as partículas, sugere benignidade.

Distribuição - as microcalcificações suspeitas de malignidade são em geral unilaterais, podem

estar agrupadas num pequeno setor mamário ou dispostas em trajeto ductal.

TIPO MICROCALCIFICAÇÕES - MORFOLOGIA % de malignidade

TIPO I :anulares, redondas, discóides, com centro lucente todas são benignas

TIPO II :redondas, isodensas, uniformes 22 % são malignas

TIPO III: puntiformes, tipo “poeira”, difícil identificação 40 % são malignas

TIPO IV:irregulares, poliédricas, tipo “grão de sal” 66 % são malignas

TIPO V :vermiculares, ramificadas, em forma de letras todas são malignas

Características que devem ser descritas nos nódulos:

• Densidade – só citar se a lesão for densa ou lucente.

• Localização – quadrantes (ver item 3.3.6), mama direita, mama esquerda.

• Medida em mm

• Contorno – regular, irregular, espiculado.

• Limites – definidos, parcialmente definidos, mal definidos.

Descrever as características da microcalcificações:

• Forma – monomórficas, pleomórficas, com pleomorfismo incipiente.

• Densidade – só citar se forem isodensas.

• Distribuição – agrupadas, trajeto ductal, segmento da mama.

• Localização – quadrantes (ver item 3.3.6), mama direita, mama esquerda.

• Ampliação – citar caso tenha sido realizada.

Recomenda-se a seguinte padronização para densidade assimétrica.

• Tipo – densidade assimétrica difusa, densidade assimétrica focal.

• Localização – quadrante

ADENOSE ESCLEROSANTE: Na adenose há aumento do volume dos lóbulos mamários por aumento numérico dos ácinos. Isto pode acompanhar-se ou não por fibrose intralobular.

CISTOS SIMPLES X CISTOS COMPLEXOS: Simples: sempre benignos, contornos regulares, limites definidos, e apresenta somente liquido em seu interior.

Complexos: considerados malignos, onde apresenta espessura da capsula, e massa sólida em seu interior.

O QUE É UM NÓDULO ISOECÓICO: nódulo sólido com amplitude de ecos igual ao do parênquima mamário , ou seja a cor desse nódulo é igual a cor do parênquima mamário.

O que é um nódulo hiperecóico?

nódulo sólido com amplitude de ecos maior que o parênquima mamário normal, ou seja a cor deste nódulo se apresenta mais escura em relação ao parênquima.

O que é um nódulo hipoecóico?

nódulo sólido com amplitude de ecos menor do que o parênquima mamário normal.